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Consumo

Mulheres criam troca-troca de decoração, roupas e livros para gastar pouco

Neste sábado, evento também terá bazar com peças a partir de R$ 5,00, gastronomia e discotecagem

Thailla Torres | 20/07/2019 07:40
Peças serão trocadas e vendidas no evento. (Foto: Camila Vilar)
Peças serão trocadas e vendidas no evento. (Foto: Camila Vilar)

Ter uma ou seis peças que não se usa mais é um dos requisitos para a segunda-edição do “Troca-troca”, evento realizado pelo Coletivo Juntas Crescemos. Desde março, o grupo vem realizando eventos na cidade. A proposta é reunir mulheres para troca de peças e venda de roupas, acessórios e quitutes a preços camaradas.

Os preços dos produtos à venda são de brechó, a partir de R$ 5,00, e o troca-troca é feito na base da conversa. A organização estabeleceu o máximo de seis peças por visitante que quiser fazer troca, a fim de evitar “bagunça”, explica Camila Vilar, idealizadora e coordenadora do coletivo. “Vimos que seis peças é o ideal para quem está expondo avaliar se tem interesse e o visitante não sofrer com muito peso nas mãos”, explica.

As expositoras levarão peças de roupas, decoração, acessórios, livros... (Foto: Camila Vilar)
As expositoras levarão peças de roupas, decoração, acessórios, livros... (Foto: Camila Vilar)
As trocas são gratuitas e a entrada no evento também. (Foto: Camila Vilar)
As trocas são gratuitas e a entrada no evento também. (Foto: Camila Vilar)

A ideia é fazer um evento com moda, arte, gastronomia e bate-papo a fim de fortalecer a rede mulheres no empreendedorismo. “Desejava um evento que não fosse tão capitalista, em que pudéssemos desapegar tranquilamente e renovar o guarda roupa sem gastar muito. Algo realmente inspirado em livramento e desapego, que contribuísse para a coletividade”, explica.

Tem uma variedade de blusas, vestidos, calças, shorts, saias, sapatos e acessórios. Para quem quiser renovar a estante de leituras haverá escambo de livros e também objetos de decoração. O evento promete ser animado com gastronomia e discotecagem.

Sustentabilidade, desapego e economia criativa são alguns conceitos do coletivo, nascido também como rede de apoio às mulheres, transexuais e não binários. “Eu criei o coletivo porque estava sentindo necessidade de um grupo de apoio em que eu pudesse ser eu mesma, com apoio que, às vezes, não se encontra na família ou com amigos. Queria que fosse algo que eu pudesse crescer”.

Tudo começou com grupo no WhatsApp e mais de 100 meninas integrantes. Aos poucos, o grupo se fortaleceu com reuniões, debates e discussões acolhedoras e transformadoras na vida das mulheres. “Discutimos empreendedorismo, segurança, sexualidade e outros comportamentos de maneira que todo mundo se sinta à vontade”.

Tui Boaventura venderá peças e fará discotecagem. (Foto: Camila Vilar)
Tui Boaventura venderá peças e fará discotecagem. (Foto: Camila Vilar)

Apesar da ideia de troca e comércio acessível, para Camila o projeto é um momento de conexão. “Às vezes eu mais converso do que troco ou vendo durante o evento e isso é muito bacana. Tudo começou quando eu viajei para Salvador e descobri uma rede de mulheres unidas, até então achava que isso era loucura, mas descobri que é um meio da gente se encontrar como mulher e pessoa”.

O grupo, segundo Camila, também já salvou muita gente de maneira simples e espontânea. “Por exemplo, quando alguém deseja tirar dúvidas ou precisa desabafar, no grupo a gente encontra isso de um jeito muito sincero e rápido. Assim criamos novas conexões”.

Quem tiver interesse em comprar ou participar do troca-troca, o evento será realizado hoje (20), a partir das 15h, na Rua Maria Madalena, 5, Itanhangá Park.

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