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Faz Bem!

Pré-operatório bariátrico não é moleza, reserva surpresas nem sempre agradáveis

Liziane Berrocal | 16/02/2015 06:12
Bateria de exames é grande, começando pelo de sangue,
Bateria de exames é grande, começando pelo de sangue,

Ao decidir fazer uma cirurgia bariátrica um paciente deve considerar várias e várias situações, além de pesquisar bastante. Apesar de saber que muitos não fazem isso, eu ouvi milhões de opiniões e fiz incansáveis pesquisas sobre o tema, pois sempre tive em mente que cirurgia não é brincadeira e o pré-operatório é muito importante nisso. O primeiro passo foi procurar um médico que fosse indicado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Tudo foi pelo convênio, ainda assim não fica nada barato (ainda mais convênio participativo). A conta é um pouco salgada. Estima-se hoje que uma cirurgia bariátrica por vídeo (sem corte) no esquema particular fique em torno de R$ 20 mil, fora o pré-operatório e o pós. Enfim, eu fui pegando um por um dos resultados dos quase 50 exames, entre físicos e de sangue, e visitando cada uma das especialidades médicas que são necessárias para conseguir os laudos.

Cardiologista, endocrinologista, psicólogo, psiquiatra, anestesista e nutricionista. Das consultas já fui direto para a nutricionista. Escolhi a minha pela empatia e simpatia, e o nome dela é Mariana Corradi. Magra, (sim, isso para mim é importante), falava comigo sobre intolerância ao glúten e não era metida a saber mais do que o médico, além de ser muito engraçada com a gente.

A primeira consulta com ela foi para sofrer, já que nem a minha bunda cabia na cadeira, ou seja, já sabia ali que precisava emagrecer. Com a nutricionista também foram mais e mais pedidos de exames.

Eu, que já havia feito os exames iniciais três vezes anteriormente, e desistido na endoscopia, estava terminando finalmente mais um pré-operatório com a cirurgia já marcada. Finalmente, só faltava a bendita da endoscopia, que eu tinha um medo imenso de fazer.

Então num sábado de manhã, lá fui eu para a clínica, acompanhada da minha prima Jacqueline. O negócio foi um barato, pois sob efeito da anestesia eu me declarei ao técnico após confundi-lo com meu noivo, chamei o médico de lindo e comecei a rir sozinha. Até que me pediram uma biopsia e foi ai que tudo mudou.

Esse é um procedimento comum na endoscopia, só que alguma coisa me dizia ali que algo iria mudar. Tive duas sortes, a primeira do médico endoscopista ser bem criterioso e a segunda do meu médico pedir uma ecoendoscopia.

Quando pronunciou esse nome, eu disse: “Muito prazer, sou Liziane”. O exame consiste em uma câmera filmar seu aparelho digestivo. Coisa simples né? Só que ali foi mostrada uma lesão (tumor) que mudou todo o rumo da prosa e me encheu de medo.

O mdeo não era ter um tumor maligno, benigno ou sei lá... Afinal, tudo isso eu teria que enfrentar. Meu medo era ficar sem a cirurgia e foi isso que mudou. A técnica inicial que seria a “Bypass” com desvio de intestino, passou a ser a “Sleeve”, que consiste na retirada de boa parte do estômago. Afinal, apesar desse probleminha encontrado no duodeno, eu ainda precisava emagrecer, e não era pouco: 80 quilos pelo menos!

E se com a Bypass a coisa seria complicada, com a Sleeve eu soube que a disciplina deveria ser dobrada!

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