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Ghosts ‘n Goblins Resurrection é o game que todo mundo esperava?

Ricardo Syozi | 02/03/2021 06:25
hosts ‘n Goblins Resurrection chegou para o Nintendo Switch no dia 23 de fevereiro.
hosts ‘n Goblins Resurrection chegou para o Nintendo Switch no dia 23 de fevereiro.

Fãs de longa data de Arthur e suas aventuras ficaram muito animados com o anúncio de um reboot da dificílima franquia Ghosts ‘n Goblins, mas será que a nova empreitada consegue agradar esse exigente público?

Ghosts ‘n Goblins Resurrection chegou para o Nintendo Switch no dia 23 de fevereiro querendo fazer algo que poucos títulos conseguem: agradar públicos distintos. Os jogadores acostumados com a série pediam pela dificuldade insana e inimigos ameaçadores por todos os cantos, além é claro de um segundo loop para conhecer o final verdadeiro. Para esse público há a dificuldade Legend.

Já as pessoas menos habituadas com o nível de punição famoso da franquia possuem outras três opções de dificuldade: Knight, Squire e Page. Cada uma oferecendo facilidades cada vez maiores como checkpoints e possibilidade de aguentar mais dano. Tirando a opção Page, todas as outras trazem a chance de ver o final verdadeiro, mas não se engane: o game continua extremamente punitivo e desafiador, exigindo habilidades consideráveis por parte do dono do controle. Há até um modo cooperativo onde o segundo controle apenas auxilia contra inimigos e nas plataformas, mas isso acaba sendo menos divertido do que parece.

Eu chamo o game de reboot por causa de sua narrativa que em nenhum momento traz novidade. A princesa foi capturada e cabe ao herói de armadura e samba-canção sair quebrando a cara de monstros, zumbis, demônios, e todo tipo de criatura das trevas que surgirem em seu caminho. Para isso, Arthur usa uma grande variedade de armas perfeitas para momentos diferentes da jogatina como lanças, pedras rolantes, e bolas de fogo. Mesmo assim, achei que uma oportunidade foi desperdiçada para apresentar mais narrativa e lore, pois o mundo de Ghosts ‘n Goblins Resurrection pode ser tão rico quanto qualquer outro título por aí.

As músicas são basicamente as mesmas dos jogos anteriores da série, mas com um toque mais moderno. Já a tão divisiva arte em nada me incomodou, achei bacaninha a estética de livro de contos de fada, gostei das cores e das escolhas de design dos inimigos. Já temos muita coisa cinza e com cara de “game adulto” por aí, fiquei feliz que a Capcom decidiu seguir por um caminho menos genérico.

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Assim como nas outras empreitadas da franquia, a jogabilidade é dura, fazendo Arthur parecer mais lento do que ele realmente é. Nos primeiros momentos, é comum morrer por causa de um pulo mal calculado ou uma arma que não serve bem para a fase que enfrentamos, mas durante a jogatina encontramos fadinhas chamadas de Umbral Bees que eventualmente vão conceder ao protagonista habilidades especiais como pulo duplo ou o famoso ataque de raios. Essa pegada mais rogue-lite funciona extremamente bem e garante muita satisfação e senso de realização ao passar de uma fase complicada. Por último há os mundos sombra, versões ainda mais difíceis das fases que já foram completadas, garantindo para os mais velhacos novos momentos de arrancar os cabelos.

Ghosts ‘n Goblins Resurrection acerta em tudo o que se propõe: oferecer uma aventura incrivelmente difícil para qualquer tipo de jogador, mas que também tenta dar uma força aos novatos na franquia. Nada impede o jogador hardcore de encarar tudo na dificuldade Legend e reviver o sofrimento de outrora, porém sem a necessidade de fazer bico por causa da ajuda que o casual vem a receber. Como eu disse: poucos conseguem agradar a todos, mas creio que a Capcom mandou bem demais nessa empreitada.

*Análise feita com código cedido pela distribuidora

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