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Lado Rural

Com redução no abate, preço médio em 2021 da arroba do boi sobe 40% em MS

Queda no abate foi de 11,87% e preço médio da arroba do boi subiu de R$ 209,94 para R$ 292,67

Ana Paula Chuva | 03/01/2022 12:45
Redução no abate e aumento da receita nas exportações valorizam arroba. (Foto: Divulgação)
Redução no abate e aumento da receita nas exportações valorizam arroba. (Foto: Divulgação)

Com redução de 11,87% no abate de bovinos em 2021, o preço médio da arroba do boi cresceu cerca de 40% no mesmo ano. A cotação saiu de R$ 209,94 em 2020 para R$ 292,67 ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3) pela Famasul.

Dados do Departamento Técnico do Sistema Famasul mostram que a arroba do boi cresceu 39,41% em 2021 e a da vaca, que saiu de R$ 195,79 para R$ 278,87, subiu 42,43%.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a queda no abate foi resultado da retenção de fêmeas, que registrou 18,94% de redução de 2020 para 2021, além do aumento do custo de produção.

“Em um ano, o custo de produzir uma arroba cresceu 47%. A redução no número de animais abatidos e a maior receita nas exportações contribuiu para aumentar a liquidez das indústrias exportadores e compensou a instabilidade no consumo interno”, explicou a analista técnica, Eliamar de Oliveira.

Já a receita da comercialização da carne bovina para o mercado externo subiu 16,3% no último ano, de acordo com os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, enquanto o volume registrou queda de 2,4% no mesmo período.

A proteína sul-mato-grossense continua tendo como destino principal a China, que ficou com 20,3% de participação na receita, seguida pelo Chile com 18,45% e Estados Unidos com 15,43%.

“Mesmo sem embarques nos últimos três meses do ano, o faturamento de Mato Grosso do Sul com as vendas de carne bovina para a China aumentou 32% de 2020 para 2021. Mas o crescimento nos embarques para o Chile e para os Estados Unidos, sem dúvida, cumpriu papel importante para garantir o bom resultado do ano”, disse Eliamar.

No ano passado, os Estados Unidos adquiriram 218,98% a mais da mercadoria e para este ano, o cenário é promissor, segundo a analista técnica, “porque a China anunciou a retomada das compras, a Rússia reabriu o mercado e cotas adicionais foram definidas para outros países”, finalizou.

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