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Lado Rural

Produtividade do milho cresce 68% mesmo após ventanias em MS

Nordeste de MS lidera com 93% das lavouras de milho em boas condições

Por Gustavo Bonotto | 27/09/2025 20:25
Produtividade do milho cresce 68% mesmo após ventanias em MS
Milho segunda safra pronto para colheita em lavroura em Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A classificação mais recente das lavouras de milho da segunda safra 2024/2025 em Mato Grosso do Sul indica que 78,1% das áreas estão em boas condições. Outras 15,3% foram avaliadas como regulares e 6,6% como ruins, segundo levantamento feito até 19 de setembro, pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja).

RESUMO

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O levantamento da Aprosoja indica que 78,1% das lavouras de milho da segunda safra 2024/2025 em Mato Grosso do Sul estão em boas condições, com 15,3% regulares e 6,6% ruins. O Nordeste do estado apresenta os melhores índices, com 93% das áreas em bom estado, enquanto o Sudeste e Sul-Fronteira enfrentam maiores dificuldades. Apesar de perdas localizadas causadas por geadas em junho e ventanias em julho, que afetaram cerca de 49 mil hectares, a produtividade média prevista é de 112,7 sacas por hectare, representando um aumento de 68,2% em relação à safra anterior. A produção total estimada é de 14,2 milhões de toneladas.

O resultado reflete diferenças regionais, com destaque para o bom desempenho no Nordeste e as dificuldades enfrentadas no Sudeste e Sul-Fronteira.

No Nordeste, 93% das áreas foram consideradas boas, com apenas 1% regulares. Já o Sudeste apresentou apenas 54% em boas condições e 38% regulares, além de 7,9% ruins, índice acima da média estadual.

No Sul-Fronteira, 61% foram avaliadas como boas, mas quase um quinto das lavouras, 18,5%, entraram na categoria ruim. Outras regiões ficaram acima da média estadual, como o Norte, com 89% das plantações classificadas como boas.

A metodologia considera pragas, falhas no estande de plantas, desfolhamento, enrolamento de folhas e amarelamento precoce. A ponderação é feita pela área cultivada de cada município, garantindo que regiões maiores tenham mais peso na média final.

Municípios de grande produção ajudam a puxar a média do Estado para cima. Em Chapadão do Sul, a produtividade alcançou 173,34 sacas por hectare, a maior registrada em Mato Grosso do Sul nesta safra. Em Maracaju, um dos principais polos agrícolas, a média foi de 127,67 sacas por hectare. Já em Sidrolândia, o resultado chegou a 123,52 sacas por hectare, também acima da média estadual de 112,7.

Geadas - As condições do clima no inverno explicam parte da diferença entre regiões. Na quarta semana de junho, uma frente fria provocou geadas em 35 mil hectares, principalmente nas áreas centrais e do sul. As perdas nesses pontos variaram de 10% a 30% da produção. No fim de julho, ventanias intensas tombaram 14 mil hectares, com redução estimada entre 20% e 40%.

Apesar das perdas localizadas, a produtividade média segue em 112,7 sacas por hectare, o que representa um aumento de 68,2% em relação à safra passada. A produção prevista é de 14,2 milhões de toneladas, sustentada pelo bom regime de chuvas em abril, que favoreceu lavouras em fase de desenvolvimento crítico.

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