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Meio Ambiente

Com incêndios florestais e tempo seco, qualidade do ar é a pior em 7 dias

Em Campo Grande, índice chegou à faixa moderada na noite desta quinta-feira (16)

Por Gustavo Bonotto e Lucia Morel | 16/11/2023 23:15
Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar, próximo à Costa e Silva, na UFMS (Foto: Alex Machado)
Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar, próximo à Costa e Silva, na UFMS (Foto: Alex Machado)

Com o aumento no número de incêndios urbanos e no Pantanal, o índice de qualidade do ar em Campo Grande registrou 74 pontos, faixa moderada e extremamente prejudicial para quem sofre com doenças respiratórias, na noite desta quinta-feira (16). Os dados são da Estação de Monitoramento do Ar, mantida pelo Laboratório de Ciências Atmosféricas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

De acordo com o coordenador do projeto QualiAr, professor Widinei Alves Fernandes, a chegada da fumaça oriunda de incêndios florestais é somada a partículas e gases já existentes, fazendo com que a concentração da poluição aumentasse.

O ar da Capital é geralmente bom, com índice de 0 a 40 pontos, segundo o estado. No entanto, o valor subiu com a ida dos gases para a atmosfera nos últimos sete dias.

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"Estava em 25 nos dias anteriores, mas com a chegada da fumaça, aumentou. Esse fenômeno de transporte ocorre pois as queimadas atingem grandes temperaturas, permitindo que as partículas e gases subam na atmosfera até encontrar ventos fortes em níveis mais elevados de modo que elas sejam transportadas para grandes distâncias", explica o professor.

Outro confirmação da QualiAr é a origem da maior parte dessa poluição: as queimadas na Amazônia. Mapas mostram a direção do vento e a quantidade de queimadas na área amazônica. Também há efeito de queimadas no país vizinho, Bolívia, além de fatores locais, sendo eles incêndios e a fumaça dos veículos.

Apesar disso, uma boa quantidade de chuva poderia ajudar a encerrar essa névoa, segundo Widinei. Entretanto, conforme a previsão do tempo para Campo Grande até a próxima terça-feira, pelo menos, não há chuva prevista. “E mesmo que chova, será uma chuva negra, bem poluente”, analisa.

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