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Meio Ambiente

Começa temporada de nascimentos das araras-canindé na área urbana da Capital

Por ano, 60 filhotes "campo-grandenses" são cadastrados pelo projeto Arara Azul.

Anahi Gurgel | 26/09/2017 18:05
Equipe do projeto Arara Azul monitora ninho localizado em cruzamento da Afonso Pena, nesta tarde (26). (Foto: Direto das Ruas)
Equipe do projeto Arara Azul monitora ninho localizado em cruzamento da Afonso Pena, nesta tarde (26). (Foto: Direto das Ruas)

Com a chegada da Primavera, as atenções se voltam às dezenas de ninhos de araras-canindé, espalhados por várias regiões da área urbana da capital. É nessa época que são registrados os nascimentos dos filhotes da ave, que escolhem as palmeiras para montar o “aconchego” do lar. Por ano, nascem aproximadamente 60 filhotinhos “campo-grandenses”. 

O período de reprodução ocorre entre os meses de julho e dezembro, mas é na estação das flores que os nascimentos se intensificam. O acompanhamento do comportamento das araras nos ninhos é realizado diariamente por equipe do projeto Aves Urbanas-Araras nas cidade.

O grupo é formado por 3 biólogos e 1 estagiário do curso de medicina veterinária, que seguem um cronograma para visitar todos ninhos, em regime de revezamento. A cada dia, a visita é feita em uma determinada região da cidade.

“O trabalho contempla todas as etapas da reprodução das araras, desde a construção do ninho, postura dos ovos, nascimento dos filhotes e fase de crescimento, até alçarem voo”, detalha Neiva Guedes, 55, coordenadora do projeto e presidente do Instituto Arara Azul.

RG das araras - Neiva explica que, antes de voarem, os filhotes recebem uma anilha no pé e nanochip no peito, que funcionam como um RG de cada indivíduo. Também é realizada coleta de material biológico para exames de DNA e sexagem.

Como não há muitas diferenças visuais entre eles, essa é uma forma da equipe verificar aspectos de saúde de cada um e ficar ciente caso aconteça algo.

Monitoramento é diário, em revezamento para contemplar todos os 140 ninhos. (Foto: Facebooki/ Arara Azul)
Monitoramento é diário, em revezamento para contemplar todos os 140 ninhos. (Foto: Facebooki/ Arara Azul)

Em Campo Grande, os 140 ninhos das araras podem ser facilmente avistados em várias regiões, especialmente em palmeiras mortas.

“Costumamos dizer que são troncos de palmeira morta que dão vida, porque são os lugares preferidos para araras construírem ninhos. Muitas pessoas cortam o topo das palmeiras, por vários motivos, como para evitar que os galhos encostem na fiação elétrica, e acabam, propiciando novo ninho para araras. Quando encontram uma dessas árvores sem a copa, as próprias aves a escavam para construir o ninho”, explica Neiva.

A estimativa é que existam cerca de 500 araras na cidade. 

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