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Meio Ambiente

Plantio de mudas no Parque dos Poderes é esperança para retomar verde da região

Incêndio criminoso em 20 de agosto deixou vários lugares da região sem vegetação viva

Guilherme Correia e Gabriela Couto | 21/09/2021 10:05
O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, participou diretamente da ação nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)
O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, participou diretamente da ação nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Passado um mês após o início do incêndio criminoso que atingiu cinco hectares da vegetação preservada no Parque dos Poderes, em Campo Grande, ação feita pelo poder público visa recuperar parte da floresta que foi destruída pelo fogo, causado pela ação humana.

Nos próximos meses, estima-se que 500 mudas de mais de 30 espécies diferentes de árvores nativas do Cerrado serão plantadas e cuidadas pela prefeitura no Parque dos Poderes, cujos servidores deverão regar três vezes por semana. Em dois anos, os espécimes deverão crescer totalmente e retomar todo o verde da região.

Nesta terça-feira (21), foi feito um plantio simbólico de ipês roxos, amarelos e brancos na região próxima a Acadepol (Academia da Polícia Civil) e espera-se que com a chegada de chuvas, o restante seja plantado nesse lugar até as proximidades da TV Educativa.

Posteriormente, quando o Parque for reformado, também serão plantadas mudas no canteiro central.

Questionado sobre um plano preventivo de novos incêndios, o prefeito do Parque, Daniel Paulo Escobar, ressalta que o acidente foi causado pela ação humana, caracterizado como crime ambiental, o que seria difícil de coibir totalmente.

Ainda assim, ele afirma que será colocado em torno de todo o local, uma espécie de "mangueira" para auxiliar na disponibilidade hídrica da vegetação. “Para não gerar custo financeiro, mas que vai garantir regar todo o Parque e em torno dele, para a próxima estiagem”.

O diretor da Acadepol Roberto Gurgel de Oliveira Filho, narra que o dia do incêndio foi um dia “muito triste” para a instituição, por se tratar de um lugar muito especial para todos os servidores que trabalham ali. No entanto, diz que “a tristeza foi transformada em atitudes”.

"É extremamente importante essa retomada, não só para a Polícia Civil, como também para o Parque, que é muito querido pela população”.

Em 20 de agosto, região do Parque dos Poderes ficou, por várias horas, coberta por densa fumaça. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Em 20 de agosto, região do Parque dos Poderes ficou, por várias horas, coberta por densa fumaça. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O incêndio - O fogo no Parque dos Poderes começou na tarde de 19 de setembro e transformou cinco hectares, área equivalente a cinco campos de futebol, em cinzas. No dia seguinte, a fumaça gerada era tão grande, que gerou uma espessa cortina em toda região, conhecida pelo ar fresco e pela coloração verde.

Os primeiros focos surgiram nas proximidades da Acadepol, na Rua Delegado Osmar de Camargo, no Jardim Veraneio, e motivou que as equipes do Corpo de Bombeiro Militar utilizassem pelo menos 100 mil litros de água.

Na avaliação do governo estadual, o incêndio foi criminoso. Imagens de câmera de segurança mostram um homem em um ponto de ônibus, às 16h35, na Rua Rio Claro, que entra em um terreno baldio e a fumaça aparece minutos seguintes.

Atualmente, o suspeito já foi identificado, indiciado e deverá responder por crime ambiental.

Confira a galeria de imagens:

  • Ação feita nesta manhã já começou a plantar mudas no local (Foto: Marcos Maluf)
  • Ao todo, serão plantadas 500 árvores (Foto: Marcos Maluf)
  • Uma das regiões afetadas pelo fogo (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
  • Morador da região aponta para um dos focos de incêndio no Parque dos Poderes, em foto tirada em 20 de agosto (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
  • Região depois que as chamas foram apagadas por bombeiros (Foto: Paulo Francis/arquivo)
  • No final de agosto, bombeiros faziam o combate às chamas no local (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
  • Fogo foi tão intenso naquele dia que a fumaça permaneceu na região por muitas horas (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
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