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Meio Ambiente

Previsão de chuvas intensas obriga população a tomar cuidados com cheia em rios

Defesa Civil orienta sobre as precauções no período de enchentes

Jhefferson Gamarra e Guilherme Correia | 18/11/2021 14:44
Cheia no Rio Miranda após fortes chuvas no começo do ano. (Foto: Saul Shramm/Arquivo)
Cheia no Rio Miranda após fortes chuvas no começo do ano. (Foto: Saul Shramm/Arquivo)

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), 35 municípios de Mato Grosso do Sul estão em alerta de chuvas intensas, com um volume previsto de até 50 milímetros ao dia. Diante da notificação, a recomendação de autoridades estaduais é de que a população evite determinadas práticas e tome certos cuidados.

Na terça-feira (16), chuva forte atingiu aldeia indígena em Dois Irmãos do Buriti, a 83 quilômetros de Campo Grande, e deixou a população local "ilhada". Os rios Buriti, Córrego do Meio e Cortado não suportaram o volume de água e acabaram transbordando.

Para lidar com o problema de transbordamento e seca, órgãos de Defesa Civil, Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e de gestão de recursos hídricos, como a ANA (Agência Nacional de Águas), empregam um conjunto de ferramentas para monitorar o nível e a vazão dos rios e alertar a população para o risco de alagamentos.

Esse aparato é composto por radares meteorológicos, imagens de satélite, pluviômetros, modelos numéricos de previsão de chuvas e plataformas de coleta de dados para medição do nível de cursos d’água.

O coordenador estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Fabio Catarineli, alerta que a população deve tomar cuidados durante os dias de chuva, para evitar prejuízos materiais e de saúde. “Evitar áreas de alagamento, sempre oriento o pessoal a não se colocar em situação de risco, avaliar bem o ambiente que você está indo, principalmente área de alagamento. A pessoa não vê a profundidade da área, a água é suja e esconde os defeitos”, explica.

Catarineli reforça ainda que os extremos climáticos têm sido mais comuns, por conta dos efeitos do aquecimento global e, por isso, tempestades fortes, alagamentos e até mesmo tempestades de areia tornam-se mais comuns, atingindo mais vítimas. “A gente tem que se acostumar com isso, se sair de casa, levar guarda-chuva, estar mais atento ao que está acontecendo. Está acontecendo no mundo inteiro os extremos climáticos provocados pelo aquecimento global, e a gente tem que estar se adaptando”.

Já em caso de tempestades de raio, a recomendação do bombeiro militar é evitar estacionar veículos sob outdoors ou torres de transmissão, além de não buscar abrigo embaixo de árvores e sempre ficar de olho nos alertas climáticos. “Estamos num período que vai ter essas chuvas mais localizadas, período chuvoso que vai até mais ou menos fevereiro. Então, a gente vai ter esses eventos agora e é interessante a população ter o cadastro para receber os alertas e estar acompanhando a previsão do tempo”, diz.

Para se cadastrar no sistema de alertas da Defesa Civil, basta apenas enviar o CEP de sua residência para o número 40199 e serão enviadas as mensagens via SMS em casos de intempéries climáticas.

Apesar do alerta de chuvas intensas em grande parte do Estado, os rios que cortam Mato Grosso do Sul, monitorados pelo Imasul e ANA são: Piquiri, Cuiabá, Miranda, Aquidauana, Taquari, Pardo e Aporé estão em situações consideradas normais, sem risco de transbordamento. A única exceção é no Rio Paraguai, que abrange Ladário, Porto Esperança e Porto Murtinho, onde a cota está em nível de estiagem.


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