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Meio Ambiente

Próximo trimestre será calor acima da média e chuvas irregulares em MS

Previsão para agosto, setembro e outubro indica variação nas chuvas e predominância de temperaturas elevadas

Por Jhefferson Gamarra | 21/07/2025 17:17
Próximo trimestre será calor acima da média e chuvas irregulares em MS
Céu alaranjado na BR-163 em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

A previsão climática para o trimestre de agosto, setembro e outubro de 2025 em Mato Grosso do Sul, divulgada pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), aponta para um período marcado por temperaturas acima da média histórica e chuvas distribuídas de forma irregular. O relatório técnico, elaborado com base em dados do modelo probabilístico ensemble do sistema europeu Copernicus, mostra que a tendência predominante será de calor acentuado e instabilidade no regime de precipitações.

RESUMO

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Mato Grosso do Sul terá trimestre com calor acima da média e chuvas irregulares. Previsão do Cemtec indica temperaturas elevadas e precipitações instáveis entre agosto e outubro de 2025, com impacto na agricultura e pecuária. Temperaturas devem superar médias históricas, com possibilidade de picos de calor, principalmente em períodos sem chuva. Apesar do calor predominante, massas de ar frio podem causar quedas bruscas de temperatura, especialmente no sul do estado. Chuvas previstas sem padrão definido, com risco de estiagens ou chuvas concentradas, exigindo planejamento no campo. Fenômeno El Niño Oscilação Sul deve permanecer neutro.

Historicamente, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas médias entre agosto e outubro variam entre 22°C e 24°C na maior parte do estado. Nas regiões noroeste e nordeste, os valores médios sobem para 24°C a 26°C, enquanto o extremo sul apresenta médias mais amenas, entre 18°C e 22°C. A previsão para 2025, no entanto, indica que essas faixas serão superadas, com o trimestre registrando temperaturas consistentemente acima da média.

Essa tendência de aquecimento será especialmente perceptível durante períodos prolongados de céu limpo e ausência de chuvas, o que intensifica a incidência solar e eleva a sensação térmica.

Apesar da expectativa de um trimestre mais quente, o relatório ressalta que não estão descartadas incursões de massas de ar frio, típicas da transição do inverno para a primavera. Esses eventos devem ocorrer de forma pontual, podendo provocar quedas acentuadas de temperatura, com registros entre 5°C e 10°C, principalmente nas regiões mais ao sul do estado. Ainda assim, os episódios serão isolados e não alteram a tendência geral de temperaturas elevadas ao longo do período.

No que diz respeito às chuvas, a previsão indica um padrão de irregularidade. A média histórica de precipitação acumulada para o trimestre varia entre 200 e 300 milímetros na maior parte de Mato Grosso do Sul. Nas regiões noroeste e nordeste, os índices ficam entre 150 e 200 milímetros, enquanto no extremo sul o acumulado costuma variar entre 300 e 500 milímetros.

Para o próximo trimestre, entretanto, os modelos climáticos não apontam uma predominância clara de chuvas acima ou abaixo da média, indicando, em vez disso, uma distribuição desigual e sem padrão definido. Essa instabilidade pode trazer impactos para a agricultura, a pecuária e a gestão de recursos hídricos, uma vez que a ocorrência de estiagens prolongadas ou chuvas concentradas em curtos períodos pode comprometer o calendário de plantio e o abastecimento de água.

Outro fator analisado na previsão é o comportamento do fenômeno ENOS (El Niño Oscilação Sul). De acordo com o modelo do CPC/IRI, há uma probabilidade de 56% de que o trimestre transcorra sob condições de neutralidade climática, ou seja, sem a influência direta dos fenômenos El Niño ou La Niña. Embora a atuação do ENOS seja considerada indireta no clima de Mato Grosso do Sul, a sua neutralidade contribui para a variabilidade das condições meteorológicas, dificultando previsões mais assertivas sobre o padrão das chuvas e das temperaturas.

A equipe técnica do Cemtec ressalta que a previsão representa uma tendência para a média do trimestre e não exclui a possibilidade de extremos climáticos dentro do período. A combinação entre chuvas irregulares e temperaturas elevadas exige atenção tanto da população quanto dos setores produtivos. Para agricultores e pecuaristas, o cenário impõe a necessidade de planejamento estratégico e monitoramento constante das condições meteorológicas, para reduzir prejuízos e garantir eficiência no uso dos recursos naturais.

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