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Política

"Não sacrificaria um companheiro em função da opinião pública", diz Marun

Nyelder Rodrigues | 12/09/2016 23:36
Marun foi árduo defensor de Cunha desde o niício do processo de cassação (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Arquivo)
Marun foi árduo defensor de Cunha desde o niício do processo de cassação (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Arquivo)

O deputado estadual Carlos Marun (PMDB), o único do Mato Grosso do Sul a votar contra a cassação do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seguiu em defesa do colega mesmo após o fim da votação. Os outros sete deputados sul-mato-grossenses em Brasília (DF) votaram pelo impeachment do carioca.

"Fiquei triste com o resultado, mas vou dormir tranquilo, estou absolutamente tranquilo que fiz o correto", frisou Marun, logo após a votação, em entrevista a equipe da TV Câmara - emissora do parlamento que faz transmissões ao vivo de sessões.

Marun, para justificar seu voto de confiança em Cunha, falou sobre tradições gaúchas, de não abandonar os colegas em embates. "Sou uma pessoa determinada. Jamais passou pela minha cabeça sacrificar um companheiro em função da opinião pública. Analisei o processo e não existe motivo para a cassação", argumenta.

O sul-mato-grossense foi o único árduo defensor de Cunha na sessão de hoje, intervindo diversas vezes nos debates, inclusive conseguindo mais tempo para discursar - teve 10 minutos, contra cinco dos outros deputados no plenário - na primeira manifestação, retornando ao púbico para a defesa final.

Questionado sobre a vibração dos deputados no fim da sessão e o esmagador placar de 450 votos a favor da cassação, contra apenas 10 contra e nove abstenções, Marun falou em vingança e constrangimento. "A vibração foi daqueles que buscavam a vingança, e conseguiram, uma vingança torta. Vi os outros deputados constrangidos com isso".

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