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Política

A 3 semanas, ruas seguem vazias e só cavaletes revelam campanha

Lidiane Kober | 13/09/2014 14:59
Única aglomeração de cabos eleitorais foi registrada na esquina das avenidas Afonso Pena com Calógeras (Foto: Marcos Ermínio)
Única aglomeração de cabos eleitorais foi registrada na esquina das avenidas Afonso Pena com Calógeras (Foto: Marcos Ermínio)

A três semanas da eleição, pouco de campanha se percebe nas ruas de Campo Grande. Os cavalentes continuam predominando e praticamente roubaram a cena de caminhadas, adesivagens, bandeiraços e carreatas, bem presentes na corrida eleitoral pela prefeiutura da Capital, em 2012.

Nas principais ruas e avenidas da cidade, neste sábado (13), a única aglomeração observada foi na esquina das avenidas Afonso Pena e Calógeras, onde um grupo de militantes segurava bandeiras de candidato a deputado estadual e federal.

Tradicional ponto de concentração, as esquinas da Afonso Pena com as ruas Rui Barbosa e 14 de Julho estavam com dois ou três cabos eleitorais, com suas respectivas bandeiras. Nos altos da avenida, só os cavaletes indicavam a proximidade da eleição.

Nos bairros, a realidade não foi diferente. Na região da grande Rita Vieira, mais uma vez, só cavaletes. Na saída para Sidrolândia, nas redondezas do Bairro Dom Antônio Barbosa a campanha também não deu às caras neste sábado.

Dos candidatos a governador, o senador Delcídio do Amaral (PT) prometia ir às ruas da Capital, mas, por causa da morte do seu motorista, cancelou a programação. Os demais têm compromissos no interior do Estado.

No início da campanha, a promessa dos candidatos era gastar sola de sapato para conquistar a preferência do eleitor a partir do início da propaganda gratuita no rádio e TV. A programação começou dia 19 de agosto e o ritmo praticamente não mudou.

Para o sociólogo Paulo Cabral, diversos fatores explicam o atual cenário político. “Há um descontentamento generalizado do eleitorado”, citou.

Na opinião do professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e doutorando em ciências políticas, Daniel Miranda, algumas regras estabelecidas pela Justiça Eleitoral, que limitam a influência do poder econômico nas campanhas, estão entre os motivos da pouca exposição dos candidatos.

“Existe certo desinteresse geral do eleitorado brasileiro em relação à política. Ao mesmo tempo, não há como desconsiderar o crescimento da internet nos últimos anos: o número de brasileiros conectados, o tempo médio de permanência na rede, a profissionalização da propaganda via internet”, acrescentou Miranda.

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