ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 21º

Política

À prefeitura, governo apresenta “pacote” para acabar com caos na saúde

Lidiane Kober | 11/06/2015 17:46
Assembleia intermediou reunião de representantes da Santa Casa e do governo (Foto: André Maganha/Assessoria)
Assembleia intermediou reunião de representantes da Santa Casa e do governo (Foto: André Maganha/Assessoria)

Em meio à crise no sistema de saúde da Capital, o Governo do Estado apresentou à prefeitura “pacote para Campo Grande”, que incluiria ajuda para manter a Santa Casa. A proposta, no entanto, conforme sinalizou o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, não atinge os R$ 4 milhões mensais extra que o hospital alega necessitar para equilibrar as contas.

“A situação financeira está difícil, apresentamos uma proposta, que está sendo avaliada pela prefeitura, mas a expectativa da Santa Casa está além. Então, temos que ajustar e esperamos entrar em consenso na semana que vem”, disse o secretário, após participar de reunião, intermediada pela Assembleia Legislativa, com a direção da Santa Casa.

Seguindo orientação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Tavares tem priorizado destinar investimentos para ampliar serviços, já que a manutenção do atendimento seria responsabilidade das prefeituras. “Um aporte para ampliar (serviço) ajuda a custear”, defendeu o secretário.

Na semana passada, o governo anunciou investimentos para ampliar vagas em UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) em hospitais da Capital. Agora, o “pacote para Campo Grande” Tavares evitou detalhar. “Como a prefeitura ainda não deu uma resposta, os termos do novo contrato não poderão ser revelados”, justificou.

Nem ao diretor-presidente da mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, o secretário adiantou detalhes da proposta, apresentada à prefeitura. “Ele só indica que o pacote é amplo e atingirá a Santa Casa”, disse. “Mas, não sabemos nada de valores”, completou.

Sem contrato efetivo desde 7 de dezembro de 2014, Teslenco afirmou que o “tempo urge” e que clima é de insegurança. “Dependo de boa vontade dos fornecedores e da paciência dos colaboradores”, comentou. Com orçamento mensal de cerca de R$ 19,5 milhões, ele garante necessitar de mais R$ 4 milhões para deixar as contas no azul.

De acordo com Tavares, o Estado já repassa cerca de R$ 1,5 milhão para ajudar a Santa Casa a se manter. Também ajudam a sustentar o hospital o SUS (Sistema Único de Saúde) e a prefeitura. “Não adianta fazer investimentos sem a gente não pode manter o que existe”, disse Teslenco sobre a sinalização do governo em só destinar verba extra para ampliar serviços.

Intermediador da reunião, o deputado estadual Beto Pereira (PDT) espera o fim do impasse para a próxima semana. “Tem uma proposta nas mãos da prefeitura e a nova pactuação pode sair a qualquer momento”, disse.

Nos siga no Google Notícias