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Política

Auditoria cita gratificações e contratações irregulares da Enersul

Leonardo Rocha | 18/03/2015 13:52
Marquinhos apresenta mais detalhes sobre auditoria da Enersul, que irá resultar em uma CPI (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Marquinhos apresenta mais detalhes sobre auditoria da Enersul, que irá resultar em uma CPI (Foto: Roberto Higa/ALMS)

O deputado Marquinhos Trad (PMDB) apresentou mais detalhes sobre a auditoria feita pela empresa PWC (PricewaterhouseCoopers) no período de 2002 a 2012, na Enersul, que era conduzida pelo grupo Rede. Neste levantamento que apontou o “desvio” de cerca de R$ 700 milhões, existem supostas irregularidades em gratificações que chegam a R$ 2,5 milhões, falta de registros contábeis em programas federais e contratações de empresas terceirizadas, que seriam de pessoas ligadas ao grupo Rede.

Marquinhos explicou que existem gratificações que variam de R$ 500 mil a R$ 2, 5 milhões a funcionários, que teriam saído da empresa, recebido todos os direitos, mas mesmo assim tiveram uma “bonificação extra”. Na auditoria mostra o repasse de R$ 2 milhões a Alexei Macorin Vivan e R$ 1, 5 milhão para Antônio Carlos Fonseca. “Estes são apenas alguns exemplos, existem outros na mesma situação, que receberam como gratificação”, disse o peemedebista.

Outra questão apontada são saques no valor de R$ 185,3 milhões como forma de pagamento a empréstimos contraídos pelo Grupo Rede, sob o aval do acionista Jorge Queiroz de Morais Júnior. “O grupo (Rede) começa a terceirizar todos os serviços, assim contrata empresas que pertencem a pessoas ligadas a diretoria”, diz Marquinhos.

Entre elas estão a Elucid Solution S.A, que pertence a Regina Beatriz Gordinho Rusca, esposa de Jorge Queiroz de Morais Júnior, que recebeu a quantia de R$ 185, 8 milhões. Assim como a RBGRQM Participações Sociedade Anônima, que também tem Regina como proprietária. A auditoria mostra que estas contratações não seguem as políticas usadas na empresa, não tiveram divulgação adequada e que configuram uma eventual fraude.

No documento ainda consta a falta de registros contábeis no valor de R$ 200 milhões referente ao Programa de Universalização da Energia Elétrica, do Governo Federal, assim como a deliberação indevida de dividendos e juros sob o capital da empresa.

Foco - O deputado Marquinhos Trad (PMDB) afirmou que o foco da CPI sobre o desvio de recursos da Enersul, será conseguir os nomes da folha de pagamento paralelo, definido pela auditoria como “Folha Confidencial”, que eram pagos “bônus” para 35 pessoas físicas ou jurídicas, sem que estes fizessem parte de qualquer política de remuneração do Grupo (Rede).

“Nossa intenção é desvendar todas estas denúncias e aprofundar como era feito todo este processo, assim como descobrir o nome daqueles que faziam parte da folha confidencial e requisitar a devolução destes valores”, disse o parlamentar.

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