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Política

Cabos eleitorais não recebem e candidatas acusam partido de não repassar verba

Apoiadores reclamam da falta de pagamento acordado para divulgação de campanhas eleitorais

Gabriela Couto | 29/09/2022 11:41
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Delegada Sidnéia Tobais (Podemos) durante panfletagem para divulgação da campanha de deputada federal. (Foto: Divulgação)
Delegada Sidnéia Tobais (Podemos) durante panfletagem para divulgação da campanha de deputada federal. (Foto: Divulgação)

Chamadas de líderes, por comandar um grupo de pessoas que trabalha na divulgação de campanhas eleitorais, entraram em contato com o Campo Grande News, pelo canal Direto das Ruas, para denunciar a falta de pagamento do trabalho de cabo eleitoral para a candidata a deputada federal delegada Sidnéia Tobias (Podemos).

Segundo a comerciante, Fatyma Assis, 46 anos, das três parcelas de R$ 400 que foram acordadas desde o começo da campanha, apenas uma foi paga. Ela afirma que assinou um contrato para prestar o serviço, mas que a equipe do comitê de campanha não entregou a segunda via.

“Está todo mundo revoltado com a situação. Não registramos na polícia, até porque ela é delegada e deveria saber que está errada. Tem que honrar com isso”, afirma. Ela contratou de forma verbal 15 pessoas para ajudar nos trabalhos, sendo que o combinado com cada uma seria o pagamento de duas parcelas de R$ 200. Nenhuma foi debitada.

A delegada chegou a enviar uma justificativa para o grupo de líderes, alegando que o partido não tinha liberado a verba para a campanha e por isso as parcelas estavam atrasadas. “A gente deixou de trabalhar para outros candidatos e não recebemos. Contamos com esse dinheiro. Ainda confio que ela vai dar um jeito, ou as pessoas que não vão acreditar nela”, pontuou.

Sem o pagamento, o grupo deixou as ruas e só está trabalhando de forma virtual. “Não estou conseguindo cobrar os liderados sendo que eles não receberam”, pontuou Fátyma. A situação é a mesma da empresária Joelma Souza, 27 anos. Ela lidera um grupo de oito pessoas que atuaram até o momento como cabos eleitorais da delegada.

A expectativa é que o pagamento seja feito até amanhã (30). “O combinado era pagar os líderes e cabos, mas ela só conseguiu pagar metade do valor para os líderes e não conseguiu pagar o combinado com os outros contratados. Ela disse que o presidente do partido agiu de má fé. Estamos esperando até amanhã para ver se o presidente do partido toma uma posição e faz o pagamento. Estou com ela ainda, porque acredito que foi erro do partido. Continuamos trabalhando, mesmo que tenha bastante gente nessa situação.”

A delegada foi a público ontem (28) nas redes sociais ao lado de outras duas candidatas a deputada estadual do mesmo partido. Ela denunciou a falta de cumprimento do acordo com o Podemos em relação a verba para campanha. A candidata afirmou que entrou com uma ação contra a legenda.

“Eu não vou me calar diante das situações que estamos passando. Se para mim que sou delegada de polícia há 30 anos está difícil de manter a candidatura em pé. Imagina para as outras mulheres? Quando decidi concorrer achei que os 30% da verba destinada para mulheres teria um critério. Mas na verdade não é isso que acontece”, afirmou.

Reprodução da página de prestação de contas da candidata no sistema do Tribunal Superior Eleitoral. (Foto: Reprodução)
Reprodução da página de prestação de contas da candidata no sistema do Tribunal Superior Eleitoral. (Foto: Reprodução)

Resposta – O presidente regional do Podemos, Sérgio Murilo, afirmou que a responsabilidade das contratações é do candidato. “O partido é repassador de fundo. O que eu pude fazer já fiz. Ela passou dos limites. Lamento muito o que ela está fazendo, tentando esquivar da responsabilidade e envolvendo outras pessoas. Ela não pode opinar pela divisão e está em situação de desespero”, afirmou.

Pelo registro de candidatura do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Podemos repassou R$ 170 mil para a candidata. No entanto ela já gastou R$ 233.650 só com despesas de pagamento de pessoal. As outras duas candidatas receberam R$ 35 mil cada.

O presidente afirmou que ela pode pedir ajuda a qualquer momento, mas não pediu reunião. “O que ela tem feito é tratar isso com a nacional e eles dizem que a responsabilidade é da regional. Dividimos o recurso da melhor forma em relação aos outros partidos. O problema é que ela não se sente atendida e está provocando esse distúrbio todo.”

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