Camila se envolve em confusão com Nikolas durante noite tumultuada na Câmara
Sessão foi marcada por embate com deputados federais que tentaram obstruir sessão
A deputada federal Camila Jara (PT/MS) se envolveu em empurra-empurra que acabou com Nikolas Ferreira (PL/MG) ao chão no final da noite de ontem, após uma tumultuada abertura dos trabalhos legislativos pelo presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB). Já perto das 23h, ele conseguiu assumir a cadeira da mesa diretora e discursar, após o segundo dia de ocupação e obstrução dos trabalhos por parlamentares da oposição, que cobram a inclusão na pauta de votações de um projeto de anistia para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
RESUMO
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Uma sessão tumultuada na Câmara dos Deputados terminou com um empurrão da deputada Camila Jara (PT/MS) que derrubou o colega Nikolas Ferreira (PL/MG). O incidente ocorreu após dois dias de obstrução dos trabalhos pela oposição, que reivindicava a inclusão de um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentava retomar a ordem quando a confusão se instaurou. As imagens do episódio viralizaram nas redes sociais, gerando críticas e xingamentos contra Camila. Nikolas, que possui mais de 28 milhões de seguidores, comentou o ocorrido nas redes, questionando a atitude da colega. O clima tenso reflete a polarização política no Congresso, com debates acalorados e protestos marcando a pauta legislativa.
Na hora da confusão, Motta terminava seu discurso, defendendo exatamente a convergência entre parlamentares e a regularidade após dois dias de clima tenso, com oposicionistas mantendo-se nos lugares da mesa diretora e impedindo a Casa de realizar as sessões. Apoiadores do ex-presidente chegaram a colar esparadrapo na boca e olhos em protesto por não estar sendo debatida a anistia a Bolsonaro e aliados.
Por volta de 22h30, Motta conseguiu retomar o controle da Casa e fez um breve discurso, sobre a retomada dos trabalhos e o respeito ao regimento, mencionou a crise do tarifaço dos Estados Unidos e a necessidade de o Legislativo se concentrar nos temas nacionais, "uma pauta para o País", e pediu bom senso e diálogo aos colegas na volta dos trabalhos após o recesso parlamentar. Atrás dele, Nikolas e outros parlamentares da oposição se posicionaram em um cordão de isolamento, impedindo que outros se aproximassem. Um parlamentar chega a segurar a cadeira de Motta. Camila está logo atrás, tentando furar o bloqueio e chegar ao presidente.
Quando Motta termina seu discurso e se levanta, ela faz um “jogo de corpo” para cima de Nikolas, empurrando-o para se aproximar. O parlamentar cai. No primeiro momento, poucos percebem a queda e o grupo começa a gritar palavras de defesa à anistia. Camila se aproxima de Motta e começa a falar, enquanto outros tentam levantar Ferreira.
As imagens da cena viralizaram nas redes sociais. O parlamentar tem mais de 28 milhões de seguidores. Ele postou um recorte da queda e, no X, antigo Twitter, escreveu sobre o episódio. “Imagina se é o contrário? Esquerda sendo esquerda. Camila Jara, parabéns por mostrar ao Brasil quem realmente você é.”
Dois deputados do Estado estiveram na linha de frente da obstrução: Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, que foi um dos últimos a liberar as cadeiras da mesa diretora, junto com o gaúcho Marcel Van Hatten, que impedia que Motta se sentasse. No entorno dos dois estavam vários aliados de Bolsonaro, impedindo o presidente de retomar o trabalho, enquanto outros pediam que deixassem as cadeiras. Pelas imagens divulgadas pela imprensa nacional, é possível ver que neste momento Camila se aproxima de Pollon e fala várias coisas no ouvido dele, recebendo sempre gestos de negação. Chegou a ser cogitada a suspensão dos parlamentares envolvidos na obstrução.
As postagens de Camila no Instagram passaram a receber muitas críticas e até xingamentos e incitação a agressões a ela. O presidente da Câmara não se manifestou ainda sobre o episódio.
Esbarrão e empurra-empurra- Camila divulgou uma nota apontando que não derrubou Nikolas, o que houve foi um esbarrão no parlamentar após "empurra-empurra". "A deputada, com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer, foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco", diz o texto.
A nota mencionou o clima criado com o impedimento da realização de sessões. "Em desacordo com o regimento interno da Casa, os deputados apoderaram-se da mesa da presidência e exigiram que o projeto de anistia fosse pautado a todo custo. Ignorando pautas relevantes para as pessoas, como a isenção do Imposto de Renda, que poderá afetar R$10 milhões de brasileiros."
O texto segue apontando a recusa em liberar a mesa diretora para o presidente da Câmara e a tentativa de chegar até ele após seu discurso de abertura do período legislativo, quando houve a queda. Há negativa de " soco ou qualquer outro ato de violência deliberada, como alardeado nas redes sociais por publicações direcionadas."
A parlamentar noticia que teme pela segurança, diante da do caso tem alcançado "proporção alarmante", incluindo ameaças
* Matéria editada para acréscimo de informações.
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