ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 26º

Política

CCJ segue indefinida, mas tucanos encaminham reformas do governo

Propostas do governo de revisão da estrutura administrativa do governo e PEC da redução de gastos serão analisadas por tucanos

Anahi Zurutuza e Lucas Junot | 02/03/2017 16:00
Na sequência da esquerda para direita, deputados Rinaldo Modesto, Pedro Kemp e Beto Pereira em sessão extraordinária nesta quinta-feira (Foto: Luca Junot)
Na sequência da esquerda para direita, deputados Rinaldo Modesto, Pedro Kemp e Beto Pereira em sessão extraordinária nesta quinta-feira (Foto: Luca Junot)

Reunidos em sessão extraordinária na tarde desta quinta-feira (2), deputados estaduais encaminharam projetos para análise da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), que continua sem presidente. As duas propostas de reforma administrativa encaminhadas pelo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), ficaram sob a responsabilidade de parlamentares tucanos.

Rinaldo Modesto (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, ficou com a missão de dar parecer sobre constitucionalidade da PEC (Proposta de Emenda a Constituição) que estabelece teto de gastos para o Governo do Estado pelos próximos dez anos. Já o deputado Beto Pereira (PSDB), que disputa a presidência da CCJR, analisará a proposta de reforma da estrutura administrativa do Executivo estadual e corte de comissionados.

Para parlamentares, embora tenham trâmites diferentes, as duas propostas não devem encontrar resistência para aprovação na casa de leis.

“Redução de gastos e exoneração dos comissionados são atos de governo, todos os governos estão se readequando a realidade do país”, comentou Rinaldo.

O líder do governo explicou ainda que a proposta de reforma administrativa pode ser votada na próxima semana. Com parecer da CCJR - no caso, do deputado Beto Pereira - o projeto pode ser colocado em discussão e votação já na terça-feira que vem, 7 de março. A segunda votação pode ser marcada para o dia seguinte e a proposta, portanto, pode estar aprovada já na quarta-feira (8).

Beto Pereira adiantou que devem dar parecer favorável para agilizar a tramitação do projeto, porque a competência da matéria é do próprio Executivo. “Além disso, o governo está reduzindo o seu tamanho, não se trata da criação de nova secretaria e nem mudanças que onerem o governo. Essa reforma não polemiza”, justificou.

Já a PEC, depois de aprovada pela CCJR, passa a ser analisada por uma comissão especial, formada por um representante de cada bancada.

Presidência - Deputados ainda não entraram em acordo sobre quem presidirá a comissão mais importante da casa, onde todos os projetos começam a tramitar. Beto Pereira (PSDB) e Lídio Lopes (PEN), ambos membros da comissão, querem o cargo. Um deles tem de desistir.

Na sessão desta tarde, o presidente interino, deputado Pedro Kemp (PT), deixou claro que aquele não era o momento para discutir o comando da CCRJ, mas só para dar andamento a pautas importantes para o Estado.

Demais projetos, como os que concedem título de cidadão sul-mato-grossense e nomeiam rodovias, foram distribuídos aos outros integrantes da comissão.

ReformasReinaldo Azambuja apresentou, na segunda-feira (20), detalhes das reformas planejadas para este ano. A revisão na estrutura administrativa prevê a redução de 13 para dez. Foram extintas a Casa Civil, a Secretaria de Habitação e a Secretaria de Produção e Agricultura Familiar.

Além de enxugar o primeiro escalão, o Executivo prevê a demissão de 1 mil comissionados, a centralização dos órgãos estaduais em 44 municípios, redução das Agenfas (Agências Fazendárias) de 70 para 39 e o corte de 16 superintendências.

O governo garantiu ainda que buscará economizar R$ 100 milhões em contratos e mais R$ 34 milhões por ano com a estrutura administrativa reduzida.

A PEC que estabelece o limite de gastos propõe cálculo baseado no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador da inflação, acrescido de 20% do crescimento real da RCL (Receita Corrente Líquida). Em resumo, o governo não poderá gastar mais do que arrecadar no ano anterior e planejará sempre o orçamento desta forma.

Nos siga no Google Notícias