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Política

Cimi não tem nada a esconder, mas CPI está fora do foco, critica Dom Dimas

Leonardo Rocha | 21/09/2015 12:50
Dom Dimas disse que investigação contra o Cimi está fora do foco principal, que deveria ser o governo federal (Foto: Fernando Antunes)
Dom Dimas disse que investigação contra o Cimi está fora do foco principal, que deveria ser o governo federal (Foto: Fernando Antunes)

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, afirmou que o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), que vai ser investigado por uma CPI na Assembleia, não tem nada a esconder, porém acredita que esta apuração está “fora de foco”, pois a situação do conflito no campo deveria ser direcionada para o governo federal.

“O Cimi não tem nada a esconder, mas acredito que tanto os índios, como fazendeiros são as vítimas nesta história, e o culpado é o governo federal que titulou das terras, quando isto não poderia ser feito, agora precisa resolver o problema, mas falta vontade política”, disse ele, durante solenidade no auditório do CREA-MS.

Dom Dimas destacou que este é um problema que dura décadas, mas o foco verdadeiro seria o governo federal. “Houve uma administração desastrosa décadas atrás, com muita incerteza jurídica, mas a investigação é válida, não temos que ter medo da verdade, será bom para saber se existem pessoas que tem outros interesses, que não são bem os dos indígenas”.

O arcebispo lembrou que tanto a Polícia Federal e MPF (Ministério Público Federal) já apuraram denúncias contra o Cimi, mas que nunca encontraram nada de irregular ou concreto contra o trabalho desenvolvido.

“O Conselho é uma organização independente, mas no passado já houve intervenção, sabemos que existem pessoas que querem se aproveitar em todas as partes, porém acredito que uma investigação só contra o Cimi é muito reducionista, em um assunto tão complexo”, ponderou.

O Cimi é um braço da Igreja Católica, ligado ao CNBB (Conselho Nacional dos Bispos do Brasil). A deputada Mara Caseiro (PT do B) conseguiu apoio para criar uma CPI que vai averiguar se a entidade financia ou incentiva as invasões de terras no Estado, por grupos indígenas.

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