CPI da Saúde aponta que unidades da Capital estão em péssimas condições
O presidente da CPI da Saúde da Assembleia, o deputado Amarildo Cruz (PT), afirmou que após as visitas da comissão foi constatado que a maioria das unidades da Capital está em situação precária, com falta de médicos, equipamentos e estrutura física. De acordo com ele, apenas a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino pode servir de referência positiva.
Amarildo ponderou que esta situação caótica não é apenas uma questão de repasse de recursos e sim a falta de uma boa gestão. “O governador (André Puccinelli) falou que o recurso é insuficiente, mas ainda tem uma série de questões administrativas e gerenciais que incidem nesta situação”, destacou ele.
De acordo com o presidente da CPI, os casos mais complicados são dos CRS (Centro Regional Saúde) dos bairros Aero Rancho e Moreninhas. “Falta de material, equipamentos, ar condicionado, janela quebrada, estrutura caótica”, apontou.
Amarildo ainda ponderou que muitas unidades receberam “reformas” estruturais há pouco tempo, mas parece que as mudanças foram feitas apenas no papel. “Se foram reformadas, como estão daquela forma? Vamos apurar esta situação”, ressaltou.
Depoimentos – A comissão irá ouvir hoje, a partir das 14h, o diretor-presidente do Hospital do Câncer de Campo Grande, Carlos Alberto Moraes Coimbra, e o ex-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Florêncio Garcia.
Segundo Amarildo, os deputados irão questionar quais foram às mudanças feitas por Coimbra no Hospital do Câncer, em relação aos procedimentos do hospital e quais as providências para evitar novas fraudes.
Em relação ao conselho estadual, a CPI quer saber qual era a participação da entidade nas decisões e discussões dos projetos de saúde. “Vamos questionar até que ponto o conselho tinha poder, se realmente era ouvido pelos gestores ou se comportava de forma ilustrativa”, destacou o petista.
