ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Política

Depoimento de Lula cala Temer durante visita em Campo Grande

Vice-presidente chegou e saiu da cidade sem dizer uma frase à imprensa

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 04/03/2016 11:20
À esquerda, o vice-presidente da República, Michel Temer, ao lado do ex-governador do Estado, André Puccinelli, ambos do PMDB. (Foto: Fernando Antunes)
À esquerda, o vice-presidente da República, Michel Temer, ao lado do ex-governador do Estado, André Puccinelli, ambos do PMDB. (Foto: Fernando Antunes)

A visita a Mato Grosso do Sul do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que ocorreu nesta sexta-feira (4), foi rápida e silenciosa. Ele chegou e saiu da cidade sem dizer qualquer palavra à imprensa sobre a 24ª fase da Operação Lava Jato, que mirou o ex-presidente Lula (PT), obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal.

Temer esteve em Campo Grande para participar de encontro de desembargadores de tribunais de justiça do País, que ocorreu no Hotel Deville, e, em seguida, reunião com a cúpula do PMDB em MS. Estava definido que o vice-presidente não falaria com a imprensa no hotel, mas no saguão do diretório, após a reunião com os peemedebistas.

No entanto, cercado por seus seguranças, Michel Temer seguiu até seu veículo oficial sem trocar qualquer palavra com a imprensa, que tentou acompanhá-lo até o carro, gerando até um princípio de tumulto. Até o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), tentou intermediar uma entrevista, mas não houve acordo.

A visita do vice-presidente aconteceu horas depois da deflagração da fase da Lava Jato, que colocou o ex-presidente Lula no alvo das investigações. Houve busca e apreensão em seu apartamento, em São Paulo, e ele foi levado para depor. A expectativa era que o vice-presidente comentasse sobre isso e as demais recentes notícias envolvendo o governo do qual faz parte.

Havia também a expectativa que Temer falasse sobre a situação do governo, que foi, na quinta-feira (3), envolvido diretamente nos relatos do senador Delcídio do Amaral, que teria aceitado acordo de delação premiada. O senador teria dito que Dilma Rousseff (PT) tentou, por pelo menos três vezes, interferir nas investigações.

A agenda do vice-presidente em Mato Grosso do Sul terminou com a reunião no PMDB. Lá, ele pediu apoio dos peemedebistas do Estado na eleição do diretório nacional, na qual tenta a reeleição.

Nos siga no Google Notícias