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Política

Deputados questionam demora da Energisa e cobram avaliação das árvores

Temporal foi assunto desta terça na Assembleia Legislativa; parlamentares querem planejamento de arborização

Gabriela Couto | 19/10/2021 13:13
Sessão desta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa foi híbrida com maioria dos deputados de forma virtual. (Foto: Luciana Nassar)
Sessão desta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa foi híbrida com maioria dos deputados de forma virtual. (Foto: Luciana Nassar)

"Foi um recado da natureza pra nós", resumiu o deputado estadual Pedro Kemp (PT) sobre o principal assunto abordado durante a sessão desta terça-feira (19) na Assembleia Legislativa. Ele foi um dos vários parlamentares que levantaram questões sobre o temporal da última sexta-feira (15), que atingiu várias cidades de Mato Grosso do Sul.

"Estou pedindo um plano de prevenção e recuperação da rede de distribuição de energia em todo Estado. Vimos que é preciso um plano de organização da própria empresa, em termos de pessoal, de maquinários, de recursos que ela pode utilizar em casos de tempestades, desastres naturais, para não deixar a população desprotegida, sem energia, que é essencial para as pessoas", justificou Kemp.

Ele aproveitou para destacar uma regra da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que cobra limites mensais de apenas 3h de queda de energia. "O ressarcimento para quem teve prejuízos também deve ser feito na próxima fatura. A Energisa precisa recompensar essas famílias, algumas ficaram mais de 48 horas sem energia.A partir daí, tem que ser descontado da fatura após dois meses da interrupção. Isso muita gente não sabe."

Já o deputado João Henrique Catan (PL) confirmou que vai reapresentar o projeto instituindo o Programa Raízes do Cerrado em Mato Grosso do Sul, que determina uma compensação ambiental de plantio de árvores frutíferas em detrimento a todo corte e poda de árvores realizadas por empresas ou concessionárias de serviço público que causarem dano ambiental ou que alterarem o desenvolvimento natural ou morte das árvores em áreas públicas no perímetro urbano do Estado.

“Apresentamos o projeto em 2019, mas acabou vetado pelo governo. Vou modificar alguns artigos e convido todos os parlamentares a assinarem a proposta comigo. Acontece que a maioria dos estragos é em razão de podas equivocadas de árvores. Com metade da copa cortada, logicamente que vai cair no primeiro vendaval”, disse João Henrique.

O 1º secretário da Casa de Leis, deputado Zé Teixeira (DEM), alertou para a situação da falta de energia pelas quedas das árvores na região da Grande Dourados. “A falta de energia está causando um grande transtorno. A empresa Energisa está trabalhando para restabelecer a luz elétrica, tanto na área urbana e rural. As árvores que não estão sadias precisam ser substituídas por outras espécies menos suscetíveis à ação dos ventos, antes que ocorra um próximo fenômeno como esse”, defendeu.

Energisa - A Energisa segue o plano de contingência após o temporal e nesta terça-feira (19), a quantidade de clientes normalizados após o impacto do temporal alcança 92%. Por hora, a distribuidora restabeleceu 15 vezes mais clientes que em dias normais de serviço.

Devido a severidade dos estragos na rede elétrica, esse índice só foi possível, porque a concessionária trabalha com 10 vezes mais equipes em campo – de forma ininterrupta – para restabelecer o serviço em áreas onde ainda há falta de energia, e isso inclui reforço de outros estados do país como Mato Grosso, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Acre, Rondônia, Minas Gerais e Tocantins.

A concessionária segue atendendo como prioridade hospitais, unidades de saúde e situações que coloquem a segurança da comunidade em risco, como presídios. Além disso, é priorizado o atendimento ao cliente sobrevida, ou seja, pessoa que necessita de algum equipamento vital para sobrevivência.

A rede elétrica foi prejudicada por inúmeras quedas de árvores, rajadas de ventos e elevado número de descargas atmosféricas, além de defeitos de altíssima complexidade como quedas de postes e rompimento de cabos. Os trabalhos são demorados, pois é necessário reconstruir centenas de trechos de redes afetadas.

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