ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Política

Em MS, Ciro Gomes chama Bolsonaro de "idiota" e governo de "desastre"

A única medida positiva deste governo, segundo ele, foi a transferência de lideranças de facções criminosas a unidades federais

Silvia Frias e Leonardo Rocha | 16/08/2019 10:29
Ciro Gomes está em Campo Grande para ministrar palestra sobre reformas econômicas (Foto: Leonardo Rocha)
Ciro Gomes está em Campo Grande para ministrar palestra sobre reformas econômicas (Foto: Leonardo Rocha)

O vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, chegou a Campo Grande disparando críticas ao governo Bolsonaro. Classificou o presidente da República como “idiota”, "vagabundo" e cobrou uma ação dos militares e ministros que compõem a administração federal para que o façam “parar de falar bobagens, constranger o país e ir trabalhar”.

Ciro Gomes, candidato à presidência em 2018, está em Campo Grande para ministrar palestra “As reformas econômicas e sociais e a retomada do crescimento”, no Teatro Glauce Rocha, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Antes, falou com a imprensa e salvou apenas uma medida do governo como positiva. “O resto é um desastre”, disse.

Segundo ele, a única medida positiva deste governo foi a transferência de lideranças de facções criminosas a unidades federais, retirando do sistema carcerário comum de São Paulo ou Rio de Janeiro.

De resto, nada salva. “Educação, saúde e segurança têm a pior execução do Orçamento dos últimos anos”, citando como exemplo que, em sete meses, segurança usou apenas 6,5% dos recursos disponíveis.

Na economia, citou o número de desempregados, 14 milhões, índice desatualizado. Ontem, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou que contingente de pessoas sem carteira chega a 12,8 milhões de pessoas e que, destes, 3,347 milhões procuram trabalho há, no mínimo, dois anos.

Gomes diz que as declarações de Bolsonaro só atrapalham o país. “Todo dia o presidente cria problema com palavras vulgares e chulas, interferindo em processos eleitores, como na Argentina”, avaliou.

Também citou as declarações sobre a disputa entre China e Estados Unidos, em que Bolsonaro teria se declarado abertamente favorável aos argumentos americanos. Segundo ele, o Brasil poderia estreitar relações com a China, que poderia adquirir mais produtores agrícolas brasileiros.

Na lista de críticas, entrou também a assinatura, segundo ele às “pressas, sem ler porque é um idiota” que permite o boicote a produtos brasileiro por parte da união europeia. A cláusula denominada de princípio da precaução justifica o veto se estes países entenderem que o produto não é sustentável ambientalmente. Esse acordo foi assinado em julho de 2019.

“Estou indignado que ninguém do governo, seja general ou ministro chegue para o Bolsonaro e diga ‘ô, panaca para falar de bobagens, você está gerando constrangimento, cala a boca, vai trabalhar vagabundo!’”.

Reforma – as mudanças no sistema previdenciário também foram alvo de duras críticas. Ciro Gomes disse que PDT tinha proposta que previa o fim do déficit em período de 24 meses. Nesta proposta, havia o pagamento de salário mínimo de pensão a todos os aposentados, repartição de pagamento até o teto de R$ 4 mil e capitalização para valores acima desse, porém, com adesão voluntária.

“Agora, o governo vai durar 10 anos para acabar com déficit”. Hoje, voltou a defender a exclusão dos parlamentares do PDT que votaram a favor da reforma do atual governo, sem citar nomes.

Nos siga no Google Notícias