Impasse sobre ida de Bernal à Câmara expõe divergência em base aliada
A indecisão sobre a data e horário da ida do prefeito Alcides Bernal na Câmara Municipal da Capital foi motivo de divergência entre os parlamentares da base aliada do prefeito durante a sessão desta quinta-feira (27).
Bernal ficou de ir na Câmara porque a Prefeitura vai encaminhar 2 projetos que dependem da autorização dos vereadores para financiamento de R$ 420 milhões.
O secretário de Obras do município, Semy Ferraz, explica que R$ 120 milhões serão investido só em melhorias do transporte coletivo. A proposta é construir 4 novos terminais, nos bairros Tiradentes, São Francisco e Parati, além de um na avenida dos Cafezais.
Outros R$ 300 milhões iriam para pavimentação em Campo Grande, projeto elaborado ainda na administração de Nelson Trad Filho.
A divergência entre a base apareceu quando o vereador Cazuza (PP) afirmou que Bernal irá na Câmara na tarde de hoje. Indo contra ao colega de base, Marcos Alex (PT), líder do prefeito na Casa, disse que a data correta seria às 8h30 da próxima segunda-feira (1º).
Durante a fala do parlamentar, o vereador Cazuza pediu a palavra e reafirmou ao presidente da mesa, Flavio Cesar (PT do B), que o prefeito confirmou a presença às 14h30 de hoje.
Revoltados com o impasse entre a base, vereadores foram até a tribuna para exigir que a palavra do líder do prefeito deve ser respeitada. Diante da situação de desconforto, Alex disse que “não existe divergência na tribuna e o que queremos é o contato do prefeito com o Legislativo”.
Transtornado com a postura do líder de Bernal, o colega de partido do prefeito expôs a insatisfação com a situação. “Eu falei duas vezes com o prefeito hoje e o Alex me desmentiu duas vezes. Não sei como vai ficar”, afirmou Cazuza.