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Política

MDB confirma Simone Tebet para 'duelo' pela presidência do Senado

A sul-mato-grossense terá pela frente Rodrigo Pachedo (DEM-MG), que conta apoio de Bolsonaro e Alcolumbre

Nyelder Rodrigues | 12/01/2021 15:18
Simone Tebet (MDB), em pronunciamento na CCJ (Foto: Roberto Castello/Ascom)
Simone Tebet (MDB), em pronunciamento na CCJ (Foto: Roberto Castello/Ascom)

As eleições para a presidência do Senado Federal começam a ganhar contornos mais nítidos. Além de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a disputa conta com a presença da sul-mato-grossense Simone Tebet, escolhida pelo MDB para concorrer à principal cadeira da Casa contra o senador mineiro que angaria forte apoio em sua candidatura.

Conforme o site Congresso em Foco, o líder do MDB no Senado e um dos nomes que chegaram a ser cotados para a disputa, Eduardo Braga, garantiu que Simone é o nome a ser anunciado. O ato que deve formalizar seu nome acontece ainda nesta tarde.

Na cerimônia, serão filiados os senadores Rose de Freitas (ES) e Veneziano Vital do Rego (PB) à legenda, aumento a bancada do partido para 15 cadeiras, a maior do Senado. Simone tem a seu favor a imagem de conciliadora. Em 2018, ela já havia tentado concorrer, mas acabou tendo seu nome preterido pelo de Renan Calheiros.

Adversário nessa eleição, Pacheco tem ao seu lado o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Além disso, a bancada petista, que conta com seis nomes, decidiu dar seu apoio ao democrata, apesar de sua base de apoio contam com siglas e lideranças rivais do PT.

Rodrigo Pacheco, candidato de Bolsonaro, PT e Alcolumbre (Foto: Ascom/Senado)
Rodrigo Pacheco, candidato de Bolsonaro, PT e Alcolumbre (Foto: Ascom/Senado)

Já Simone, que dentro do próprio MDB teve que bater Eduardo Braga, do Amazonas, e Eduardo Gomes, do Tocantins, foi escolhida por ser considerada o nome mais independente entre os demais e ideal para um 'duelo' contra um candidato governista. Ela também é vista como nome com maior inserção fora do partido.

No caso, a sul-mato-grossense conta com apoio da ala denominada 'Muda Senado', que conta com siglas como Podemos, PSDB, PSD, PSL e Rede - situação que também é apontada como motivadora do apoio de PT à Pacheco, já que essa ala sustentou teses da Operação Lava Jato e do ex-juiz federal Sérgio Moro na Casa.

"Não vejo nenhum veto do presidente da República em relação a nenhum nome do MDB, justamente por não ter um candidato oficial", frisa a senadora em entrevista à Rádio Hora.

Atualmente, Simone preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, já tendo se posicionado diversas vezes de forma crítica quanto à gestão bolsonarista. Em julho do ano passado, ela comemorou a saída do MDB do bloco chamado Centrão, criado para formar as comissões da Casa e que passou a dar apoio à Bolsonaro.

Na Câmara dos Deputados, os emedebistas também vão contar com candidatura. Lá, quem concorre à cadeira mais cobiçada do parlamento é o paulista Baleia Rossi, apoiado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Contudo, ele está em grupo opositor à Bolsonaro, que já revelou apoiar Arthur Lira (PP-AL).

A ofensiva emedebista no parlamento vem logo depois dos resultados obtidos pelo partido nas eleições de 2020, construindo 802 prefeituras - tendo o vice em outras 673. Desse total, o Executivo de cinco capitais brasileiras serão chefiadas pelo MDB. Já os vereadores alcançaram o número de 7.237, o maior do país.

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