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Política

Polícia fez perícia na prefeitura, a partir de fotos feitas por mulheres

Subiu para 15 o número de mulheres que acusam ex-prefeito de crime sexual dentro do Paço Municipal

Dayene Paz | 10/08/2022 10:55
Polícia Civil durante cumprimento de mandado na prefeitura de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Polícia Civil durante cumprimento de mandado na prefeitura de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Até o momento, 15 mulheres procuraram a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar denúncia de assédio sexual contra o ex-prefeito e candidato a governador, Marquinhos Trad (PSD).

Na terça-feira (9), a Polícia Civil esteve na sede da Prefeitura de Campo Grande para cumprir mandado de busca e apreensão. Além de recolher computadores, foi realizada perícia nos locais onde supostamente houve crime.

Nos autos constam fotos entregues pelas mulheres, do gabinete e do banheiro privativo do ex-prefeito, locais onde elas teriam mantido relações sexuais com Marquinhos. Com base nas imagens e detalhes repassados em depoimentos, a perícia tenta elementos que derrubem ou sustentem as acusações.

A delegada Maíra Pacheco Machado explica que foi feito "o reconhecimento do local em razão das oitivas das vítimas, que falaram foi o local "A","B", "C" ou "D", então fizemos a perícia nesse sentido, de materializar os locais que as vítimas falaram", explicou.

Além disso, a polícia apreendeu dois computadores, um deles que registra a entrada e saída de pessoas da prefeitura. Isso também ajudará a checar se as vítimas estiveram no prédio. Ao Campo Grande News, Maíra disse que o prazo para conclusão do inquérito acaba no dia 18 deste mês e que irá pedir prorrogação.

Quebra de sigilo – Após a abertura do inquérito, a Justiça negou medidas protetivas para as denunciantes, além da apreensão do celular e quebra de sigilo telefônico de Marquinhos. As medidas protetivas foram negadas pela juíza Jacqueline Machado (3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher), enquanto as demais foram indeferidas pela juíza Eucélia Moreira Cassal (3ª Vara Criminal).

Outro lado - A prefeitura de Campo Grande classificou como “próxima do espetáculo” ação policial que ocorreu na manhã desta terça-feira (9) no Paço Municipal. Em nota, o Município diz que foi surpreendido pelo fechamento da entrada do prédio principal em horário de expediente, além da postura usada pelos policiais, tendo em vista que somente dois computadores foram apreendidos.

A assessoria de Marquinhos Trad também se manifestou por meio de nota, afirmando que a ação foi feita “de forma midiática” e vai comprovar que supostas vítimas de assédio sexual por parte do ex-prefeito "nunca estiveram na prefeitura, evidenciando armação em curso”.

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