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Política

Prefeito desrespeita prazo, mesmo assim consegue adiar CPI do Calote

Ângela Kempfer e Jéssica Benitez | 04/06/2013 11:11
Câmara agora terá 48 horas para analisar documentos entregues pela prefeitura.
Câmara agora terá 48 horas para analisar documentos entregues pela prefeitura.

O prazo para Alcides Bernal repassar à Câmara documentos sobre motivos da suspensão de pagamentos de empresas que prestam serviços ao Município venceu ontem às 17 horas. A prefeitura ganhou mais tempo, até às 10 horas da sessão de hoje, mas, mesmo chegando com 45 minutos de atraso, conseguiu adiar a instalação da CPI do Calote.

Durante a sessão, o líder de Bernal, vereador Marcos Alex (PT), usou manobras para ganhar tempo. Pediu, inclusive, a suspensão para reunir lideranças e discutir o assunto. “Antes da CPI, é preciso ter condições de diálogo, não com o Poder Executivo, mas entre as bancadas”, justificou.

Alex teve apoio do colega Zeca do PT. “A criação da CPI é risco de banalização, que pode acarretar em consequências terríveis para essa casa”. E assim, o debate foi estendido até a chegada do secretário de Planejamento, Controle e Finanças, Wanderlei Ben-Hur da Silva.

O representante do prefeito apareceu por volta das 10h45, com um calhamaço de informações e disse apenas que “os documentos vão provar que não existe irregularidade nenhuma.”

Agora, os vereadores têm 48 horas para analisar a documentação e verificar se há respostas aos questionamentos feitos pelo Legislativo Municipal.

Caso os dados não sejam suficientes, na quinta-feira a Câmara pode instalar a CPI do Calote, a segunda criada este ano. O requerimento tem 19 assinaturas. A primeira comissão instalada investiga a Saúde em Campo Grande.

"Temos 48 horas para ver se a documentação está pertinente. Se neste tempo, os problemas forem resolvidos, não vamos criar a CPI porque ela nascerá morta”, reforçou o presidente da Câmara, Mário César.

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