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Política

Professor de Saci e secretário adjunto devem assumir cadeiras na Câmara

Antonio Marques | 14/12/2015 12:47
Roberto Durães deve assumir o mandato de vereador no lugar da colega Thais Helena (Foto: Reprodução/Facebook)
Roberto Durães deve assumir o mandato de vereador no lugar da colega Thais Helena (Foto: Reprodução/Facebook)
Lívio Leite, ao lado do ex-senador Rubens Figueiró, também deve assumir uma vaga na Câmara após decisão do TSE (Foto: Reprodução/Facebook)
Lívio Leite, ao lado do ex-senador Rubens Figueiró, também deve assumir uma vaga na Câmara após decisão do TSE (Foto: Reprodução/Facebook)

A pouca mais de um ano do final do mandato legislativo na Câmara Municipal dois novos suplentes devem ser diplomados pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso Sul) para assumir o cargo de vereador na legislatura mais tumultuada da história de Campo Grande. Roberto Santos Durães (PT) e Lívio Viana de Oliveira Leite (PSDB) vão ter um semestre para mostrar trabalho se quiserem continuar ocupando uma cadeira na Casa em 2017. Eles assumem após decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que cassou os mandados de quatros vereadores por compra de votos.

com 57 anos de idade, Durães já foi candidato 12 vezes e chega à Câmara com 1.890 votos obtidos nas eleições de 2012. Ele faz questão de declarar que nunca teve apoio político das direções partidárias. “Nunca fui o candidato do partido que disputei”, afirmou ele se declarando independente e que não vai atuar esperando qualquer retribuição do poder Executivo.

Ansioso por assumir a cadeira, Roberto Durães chegou a requerer, no último dia 3, o cargo da colega de partido Thais Helena para que a Justiça Eleitoral agilizasse o processo de substituição. Mesmo não sendo notificado a participar do ato de logo mais no auditório do TRE-MS para diplomação de quatro parlamentares em substituição aos cassados por compra de votos nas eleições passadas, ele disse que vai estar presente no evento. “É estranho a gente não ter recebido qualquer comunicação, mas vou participar da diplomação”, comentou.

Com formação no Magistério e Pedagogia, Durães disse que lecionou por cerca de cinco anos no ensino médio em várias escolas da rede estadual. “Dei aula ao Saci (vereador Fransciso Luis Saci - PRTB) na escola do bairro José Abrão”, lembrou. Agora vai ser colega no parlamento municipal, onde já esteve por dois dias neste ano, durante a votação da Comissão Processante contra o prefeito afastado Gilmar Olarte.

Roberto Durães também é bacharel em Direito, tem registro profissional de radialista e animador de TV. Atuou mais de 15 anos em diversas rádios da Capital. Foi assessor especial do prefeito e senador Antonio Mendes Canale. Durante o governo de Zeca do PT, ele foi diretor geral administrativo do Hospital Regional Rosa Pedrossian.

Pai de quatro filhos homens, Durães diz ter orgulho de ter atuado na política sem se envolver em corrupção. Questionado sobre sua permanência no PT, ele disse que ainda não decidiu nada a respeito e que aguarda a direção municipal do partido chamá-lo para conversar. Mas lamentou que em quatro eleições que disputou pelo PT nunca foi o candidato priorizado.

Durães diz que tem seis projetos para Campo Grande, mas preferiu não adiantar a respeito por ser ainda embrionário e que prefere tratar a questão constitucional antes de anunciar. Atualmente ele presta assessoria e faz palestras sobre gestão em saúde pública.

Já Lívio Viana de Oliveira Leite, de 41 anos, atual secretário adjunto de Saúde do governo de Reinaldo Azambuja, prefere a discrição e aguardar a efetivação do fato. Ele assume a cadeira na Câmara depois de conseguir 1.537 votos.

Lívio Leite é nascido em Fortaleza (CE) e formado em Medicina na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com doutorado em Oftalmologia pela USP (Universidade de São Paulo). Há 12 anos ele é filiado ao partido do governador Reinaldo Azambuja, o PSDB.

Numa legislatura em que seis suplentes assumiram mandatos, Roberto Durães e Lívio Leite podem não ser os últimos até o final de 2016, uma vez que, pelo menos mais nove parlamentares estão sendo investigados na Comissão de Ética e correm o risco de serem cassados por quebra de decoro, por serem acusados pelo MPE (Ministério Público Estadual), na operação Coffee Break, de montarem um esquema de compra de votos para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

No final da manhã, o TRE-MS divulgou nota explicando a sistematização da retotalização da votação das eleições de 2012, em que mostra os nomes de Durães e Lívio como novos suplentes que devem assumir cadeiras na Câmara.

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