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Política

Riedel e Tarcísio assinam acordo de cooperação na área ambiental

Governador foi a SP para participar de debate sobre economia verde em evento pré-COP 30

Por Maristela Brunetto e Guilherme Correia | 04/11/2025 11:30
Riedel e Tarcísio assinam acordo de cooperação na área ambiental
Riedel assina carta de intenções, junto com Tarcísio e Verruck, acompanhados por autoridades de SP (Img: Reprodução)

O governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), participa, esta manhã, em São Paulo, do evento Summit Agenda SP+Verde, para debater desenvolvimento sustentável. Logo na abertura, ele assinou, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, uma carta de intenções de cooperação na área ambiental. Os dois governantes participaram de uma conversa, envolvendo agentes públicos e empresários, sobre a chamada economia verde, com destaque no Estado para empresas de biocombustíveis.

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, assinaram uma carta de intenções de cooperação na área ambiental durante o evento Summit Agenda SP+Verde, em São Paulo. O acordo visa integrar políticas públicas para combater as mudanças climáticas e promover o uso sustentável dos recursos naturais. O documento estabelece cinco eixos prioritários, incluindo prevenção de incêndios, restauração ecológica, infraestrutura de baixo carbono e intercâmbio de conhecimentos. Tarcísio destacou a importância da parceria, mencionando o transporte hidroviário e o desenvolvimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul, que pode gerar milhares de empregos.

O evento aproveitou a proximidade com a COP 30, que acontecerá em Belém, para debater o desenvolvimento sustentável. O acordo visa integrar políticas públicas nas áreas ambiental, logística e infraestrutura para combater as mudanças climáticas e promover o uso sustentável dos recursos naturais.

Riedel foi ao evento acompanhado pelos secretários Jaime Verruck (Semadesc) e Rodrigo Perez (Governo). Após o Governo e a Prefeitura de São Paulo apresentarem dados sobre os desafios nas áreas ambiental e de infraestrutura, Riedel falou sobre os temas em Mato Grosso do Sul, mencionando a atração de atividades industriais com perfil sustentável, o desafio de neutralizar as emissões de carbono até 2030 e o mecanismo criado para reduzir o desmatamento, o PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) no Pantanal.

A reportagem do Campo Grande News teve acesso ao documento assinado pelos governadores e Verruck, que prevê convergência de iniciativas em cinco eixos prioritários: prevenção e combate a incêndios, envolvendo a colaboração entre equipes de defesa civil, bombeiros e órgãos ambientais, com foco no monitoramento e combate a incêndios florestais, além de capacitação; restauração ecológica e corredores de biodiversidade, com ênfase na bacia do rio Paraná, que é a divisa entre os dois estados; infraestrutura e integração logística, buscando soluções de baixo carbono em transporte e infraestrutura; na área de governança e intercâmbio de conhecimentos e, por fim, em infraestrutura para escoamento de produtos com foco em escolhas com baixo impacto ambiental.

Freitas declarou ser 'fã' de Riedel e destacou a importância da carta de intenções. "A gente fica muito entusiasmado com toda a parceria que a gente vai criar", complementou, referindo-se à carta de intenções firmada entre os governos de São Paulo e Mato Grosso do Sul para cooperação na agenda climática.

Tarcísio ainda mencionou o Estado ao falar do transporte hidroviário no trecho Tietê-Paraná. "Temos bastantes coisas para celebrar no que diz respeito ao transporte hidroviário. E aí nós vamos ser parceiros, Riedel, porque o pessoal lá em Bataguassu vai usar a hidrovia Rio Tietê-Paraná até Pederneiras." Bataguassu é onde será instalada a sexta fábrica de celulose no Estado, uma unidade da Bracell, que está na fase de licenciamento.

Já Riedel foi questionado sobre o crescimento impulsionado pelo setor de celulose, citando o caso de Inocência, onde está sendo construída uma fábrica da Arauco, com um volume de trabalhadores que pode chegar a 12 mil pessoas na obra. Ele também mencionou as obras rodoviárias e a necessidade de explorar outros modais, como os dois “Mississipis”, referindo-se aos rios Paraguai e Paraná.