Valor de suposta fraude na Enersul não chegou ao consumidor, diz Energisa
Durante coletiva realizada nesta quarta-feira (8), para apresentar o novo reajuste de tarifa da energia elétrica que passa a vigorar a partir de hoje em Mato Grosso do Sul, o diretor-presidente da Energisa MS, Marcelo Silveira da Rocha, aproveitou para comentar sobre a CPI da Enersul. El afirmou que o valor somado pelas irregularidades não foi repassado para o consumidor.
"Houve intervenção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 2012 até abril de 2014, que realizou uma auditoria referente ao período anterior à intervenção, e afirmo que após a chegada da Energisa, não houve nada de errado ".
"Eu tenho certeza que o consumidor não está pagando de forma nenhuma por essa eventual fraude, mas é claro que isso tem que ser legalmente investigado", comentou.
Ele ainda comentou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), pode denunciar, caso essa eventual fraude venha a comprometer os acionistas da empresa.
A lista confidencial da Enersul tem mais de 60 nomes entre pessoas físicas e jurídicas, que recebiam valores por mês sem que houvesse qualquer justificativa ou vínculo de emprego com a empresa. O deputado federal Elizeu Dionísio (SD) reuniu-se com representantes da CVM, que lhe passaram informações e dados que estão sendo analisados por sua equipe técnica. O total pago irregularmente soma cerca de R$ 700 milhões.
A mudança de denominação social de Enersul para Energisa Mato Grosso do Sul foi aprovada em assembleia geral da concessionária no dia 2 de fevereiro, conforme comunicado do diretor de relações com os investidores, Maurício Perez Botelho. O registro da nova denominação na Junta Comercial ocorreu no dia 12 do mesmo mês.
Em Mato Grosso do Sul, a Energisa definiu investir R$ 229,8 milhões, o segundo maior no País entre as concessionárias de energia administrada pelo grupo.
