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A odisseia do Cinema de Mato Grosso do Sul

Por Airton Raes (*) | 10/01/2014 09:28

O Cinema de Mato Grosso do Sul tem se desenvolvido de maneira crescente nos últimos anos. Em 2013 não foi diferente, deixando um saldo positivo no audiovisual, na circulação e realização de mostras e festivais.

Um dos destaques está no aumento do investimento público. Entre recursos do Governo do Estado e prefeitura da Capital, cerca de R$ 750 mil foram destinados em 2013. Maior valor investido no audiovisual estadual até o momento.

Também ocorreu maior articulação entre o setor do audiovisual, através do Colegiado Setorial do Audiovisual e a Associação de Cinema e Vídeo de MS com as entidades governamentais. Entre os resultados está a retomada do edital para a realização de curtas-metragens da Fundação de Cultura, após seu cancelamento pelo Ministério público em 2012. Também foi iniciado o dialogo para a criação de um curso de cinema na UFMS.

O conteúdo e formatos dos filmes são marcados pela diversidade, mostrando a pluralidade do Estado. Curtas-metragens, médias-metragens e longas-metragens, tanto ficção como documentário, produzidos com recursos públicos e também de maneira independente. Dois filmes longas de ficção foram lançados. “Não Eu”, de direção de Breno Benetti, foi realizado com recursos do município e iniciativa privada. Já o filme “Honra”, foi feito de forma totalmente independente pelo cineasta Alexandre Couto e sendo o primeiro longa gravado totalmente em alta definição.

O documentário “Mitã”, de Alexandre Basso, faz um passeio pelo universo da infância. Entre os curtas lançados em 2013, destaque para o “Do Sul, mato Grosso do Sul”, de Fábio Flecha, e “Hydrochoeruspaedia 3D” é uma mini
enciclopédia sobre as capivaras filmado com a tecnologia 3d desenvolvida pelo professor Hélio Godoy.

O ano que se encerrou também serviu para a circulação em festivais dos nove filmes lançados em 2012. Um dos destaques vai para “O Florista”, de Filipi Silveira, que foi selecionado para o Festival de Cannes, e colecionou prêmios
entre as dezenas de festivais que participou. O curta de horror “Red hookers” da sul-mato-grossense Larissa Anzoategui também percorreu diversos festivais e mostras pelo mundo.

O documentário “Uma Lei para Todas”, de Ana Patrícia Nassar e Sidney Morais de Albuquerque, foi Premiado no Concurso sobre a Lei Maria da Penha. O vídeo retrata a dificuldade na aplicação da Lei Maria da Penha para as mulheres indígenas de Mato Grosso do Sul, frente à recusa do atendimento nas delegacias do Estado.

O ano foi singular para a realização de festivais e mostras no Mato Grosso do sul para aproximar o público do cinema local. Campo Grande sediou a edição do Festcine Vídeo América do Sul, realizado pela ACV-MS, contando com a presença de personalidades como Leticia Sabatella e Ney Matogrosso.

O festival trouxe filmes nacionais e sul-americanos, dando grande destaque a produção do MS. Dos 36 filmes exibidos, 21 são do Mato Grosso do Sul.

Cineclubismo, Cinema e Educação de Campo Grande) e do SEDA (Semana do Audiovisual). Realizado pela Fundação de Cultura, O Fuá (Festival Universitário de audiovisual) chegou a sua 7ª edição. Em Dourados, a UFGD realizou a primeira mostra de audiovisual da cidade. Em Ivinhema ocorreu o 10º Festival de Cinema do Vale do Ivinhema.

Neste ano as previsões são otimistas: Dez filmes, entre curta-metragem e longa-metragem estão em fase de produção. Novos filmes de diretores principiantes e experientes irão surpreender o público.

(*) Airton Raes é jornalista e produtor audiovisual.

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