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Contrato de soja mal feito pode custar a próxima safra

Por Aloisio de Oliveira Nunes Rodrigues (*) | 28/06/2025 07:30

O Brasil é líder mundial na produção de soja, e Mato Grosso do Sul está entre os maiores produtores do país. Mesmo assim, muitos negócios continuam sendo fechados com contratos mal redigidos ou, em alguns casos, apenas na base da conversa ou de mensagens no celular. O resultado? Prejuízos, litígios e insegurança para quem planta e para quem compra.

Um contrato de soja mal elaborado é como plantar sem saber se vai colher. Pode parecer burocracia, mas é segurança jurídica e proteção patrimonial”, afirma o advogado Aloisio de Oliveira Nunes Rodrigues, estudioso do direito aplicado ao agronegócio.

Ele explica que um contrato sólido precisa ir além do preço e da data de entrega. Deve incluir cláusulas sobre qualidade da carga, forma de pagamento, responsabilidade pelo frete, penalidades em caso de inadimplemento, e até situações de força maior, como estiagem ou problemas logísticos.

“Cada detalhe conta. Um contrato bem feito evita disputas, protege contra calotes e permite que o produtor rural tenha mais tranquilidade na hora de cumprir o que prometeu — e de cobrar o que lhe é devido”, destaca o advogado.

Outro ponto relevante, segundo o advogado, é prever no contrato a forma de resolver eventuais conflitos. “Nem sempre vale a pena judicializar. A arbitragem pode ser mais rápida e eficaz, principalmente em negociações com cooperativas e grandes empresas.”

O alerta é direto: sem um contrato bem feito, o produtor rural corre riscos que podem comprometer toda a safra — e até a próxima.

(*) Aloisio de Oliveira Nunes Rodrigues, advogado

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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