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Sinais: acasos ou avisos ?

Por Ogg Hibraim (*) | 17/01/2019 09:30

Ao chegar à chamada meia idade, hoje aos 54 anos acabei amadurecendo para os “toques” que Deus nos dá sempre que alguma coisa está para dar errado ou certo. Me perdoe você que não acredita em Deus, mas eu acredito que há uma força maior que ordena essa coisa chamada de universo – uma energia que rege nossas vidas fazendo com que as coisas não aconteçam por acaso.

Chamo também de fé, de religiosidade ou simplesmente “Deus”, assim como milhares de pessoas. E não precisa ser representado por uma figura humana de barbas longas e cabelos brancos – essa força pode simplesmente vir de dentro da gente, das nossas atitudes, da energia que a gente erradia.

Esses toques aos quais me refiro, que prefiro chamar de “sinais”, são avisos que prenunciam algo, ou de bom ou de ruim. Recentemente vivi uma situação bem clara sobre isso e acabei tendo uma tremenda dor de cabeça por não ter prestado atenção a esses sinais. E o mais engraçado é que eles vieram em escala crescente de consequências.

Eu explico melhor: o primeiro foi mais brando, como se quisesse me dizer “cuidado, não vá por ai”. O segundo soou como uma pancada maior tipo “estou te avisando, vá com calma”. O terceiro foi mais profundo, com perdas maiores, até que o quarto sinal me disse “Eu não te avisei pra não se meter com isso? Agora toma!”.

Antes que muitos de vocês imaginem o pior, foi um negócio mal-sucedido. Algo em que eu não deveria ter investido e me fez perder um bom dinheiro. Graças a Deus, nada relacionado à minha saúde, família ou profissão, que sempre estiveram muito bem. Foi algo também do qual foi fácil me recuperar.

Mas divido esta experiência com vocês, por mais insignificante que seja para muitos, porque esses tipos de sinais podem vir em qualquer momento das nossas vidas, a respeito de qualquer assunto em que estamos nos metendo e que, se não percebidos, podem causar estragos bem maiores.

Já fiz reportagens em que bastou apenas um sinal para que alguém escapasse de uma tragédia, por exemplo. Posso citar aqui o que aconteceu anos atrás, na queda do helicóptero que vitimou o filho do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e outras quatro pessoas. Quase ninguém sabe dessa detalhe pois não foi noticiado. Mas fontes do hangar de onde partiu o helicóptero afirmaram na época que, antes dele levantar voo, havia um quarto mecânico que iria estar na aeronave na hora da queda.

Pouco antes da decolagem, ele recebeu uma ligação (comentou-se que da escola da filha) e teve de ficar em solo para ir resolver o problema. Foi quando o piloto chamou o filho do governador para embarcar num voo que seria apenas de teste do helicóptero que tinha acabado de sair da manutenção.

Aquela ligação, pra mim, foi um sinal de que não era para o mecânico estar no helicóptero. E porque o filho de Alckmin estava, eu ainda não tenho uma compreensão profunda pra responder. Digo apenas que talvez fosse a hora dele.

O que dizer então do brasileiro que, de última hora, trocou a passagem do voo que caiu nos alpes franceses em abril de 2015?

Eu não brinco com sinais e aprendi a entendê-los e respeitá-los. E lhes confesso que ser um pouco supersticioso já me tirou de algumas enrascadas. Pura sorte? Casualidade? Ou será que alguns eventos mandam recado antes de acontecerem? Eu é que não vou pagar pra ver.

Só sei que às vezes devemos ouvir mais aquela voz que vem de dentro, usar mais da intuição que nos diz pra não fazer isso ou aquilo. Eu pelo menos sempre acredito que se algo me tirou de algum caminho ou atrasou a minha viagem, foi porque era pra evitar algo de ruim. Por exemplo: quando você está na estrada e fura um pneu.

Será que o fato não foi provocado por forças que desejavam que você ficasse parado por alguns minutos pra evitar se envolver num acidente mais à frente? Quem pode dizer que não?

Ao amadurecer e prestar atenção mais neste tipo de sinais, tem tornado a minha vida mais tranquila, sem sobressaltos e melhor planejada. Cada um sabe o que faz e no que acredita, mas que existem coisas que estão além da nossa compreensão, ah isso não tenho dúvidas!

(*) Ogg Hibraim é jornalista.

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