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Campo Grande tem a 2ª maior taxa de hepatite A entre capitais do Brasil

Com 17,2 casos por 100 mil habitantes, cidade supera média nacional, segundo boletim do Ministério da Saúde

Por Jéssica Fernandes | 14/07/2025 15:15
Campo Grande tem a 2ª maior taxa de hepatite A entre capitais do Brasil
Paciente realiza teste rápido para diagnóstico da hepatite com uma gota de sangue (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Com 17,2 casos por 100 mil habitantes, Campo Grande é a segunda capital com maior taxa de hepatite A do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde referentes a 2024. No mês do Julho Amarelo, a pasta divulgou o boletim epidemiológico “Hepatites Virais 2025”.

RESUMO

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Campo Grande registrou 17,2 casos de hepatite A por 100 mil habitantes em 2024, ocupando a segunda posição entre as capitais brasileiras com maior incidência da doença, conforme dados do Ministério da Saúde. A capital sul-mato-grossense ficou atrás apenas de Curitiba, que apresentou 31,3 casos por 100 mil habitantes. A cidade também se destacou em outras variantes da doença, ocupando o 9º lugar em casos de hepatite C, com 12,4 ocorrências por 100 mil habitantes, e o 17º lugar em hepatite B, com taxa de 4,4 casos. Os números da capital são significativamente superiores à média estadual, que registrou 6,0 casos por 100 mil habitantes.

Curitiba liderou o ranking em 2024, com 31,3 casos por 100 mil habitantes. No total, nove capitais, incluindo Campo Grande, apresentaram taxas superiores à média nacional, de 1,7 caso por 100 mil habitantes. Além de Curitiba e Campo Grande, aparecem na lista Florianópolis (13,5), Porto Alegre (8,6), Belo Horizonte (7,2), Rio de Janeiro (5,6), São Paulo (5,2), Brasília (2,8) e Recife (1,9).

Os números mostram que Mato Grosso do Sul registrou taxa de hepatite A inferior à de sua capital, situação observada em 20 unidades federativas. Enquanto o estado teve 6,0 casos por 100 mil habitantes, Campo Grande apresentou uma taxa 2,9 vezes maior.

Até abril deste ano, Campo Grande havia registrado 56 casos de hepatite A, número que subiu para 188 ao longo de 2025.

Outros casos - O boletim também apresentou dados sobre hepatite B, em que Campo Grande ficou em 17º lugar entre as capitais, com taxa de 4,4 casos por 100 mil habitantes.

Em relação à hepatite C, Campo Grande ocupou a 9ª posição no ranking de capitais em 2024, com incidência de 12,4 casos por 100 mil habitantes. Nesse ranking, 12 capitais registraram taxas superiores à média nacional de 9,1 casos por 100 mil habitantes: Porto Alegre (58,2), Rio Branco (31,5), São Paulo (29,4), Porto Velho (27,2), Florianópolis (25,2), Curitiba (22,9), Salvador (14,5), Goiânia (13,5), Campo Grande (12,4), Rio de Janeiro (10,6), Recife (10,5) e Boa Vista (10,0).

Sintomas e transmissão - 

Hepatite A

  • Transmissão: via fecal-oral, por ingestão de alimentos ou água contaminados, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, contato pessoal próximo e contato sexual com pessoas infectadas.
  • Sintomas: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, fezes claras, pele e olhos amarelados.
  • Prevenção: existe vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Faz parte do calendário infantil, com dose única aos 15 meses, podendo ser aplicada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos.

Hepatite B

  • Transmissão: relações sexuais sem preservativo; compartilhamento de objetos pessoais como lâminas de barbear, escovas de dentes, materiais de manicure e pedicure; uso de drogas (cachimbos, canudos, seringas) sem esterilização; tatuagens e piercings com materiais não esterilizados; transmissão vertical (da mãe para o bebê durante a gestação ou parto).
  • Sintomas: na maioria dos casos, não apresenta sintomas.
  • Prevenção: vacinação em três doses (0, 1 e 6 meses), disponível no SUS para todas as idades.

Hepatite C

  • Transmissão: contato com sangue contaminado por meio do compartilhamento de agulhas, seringas e objetos perfurocortantes sem esterilização (materiais de manicure, tatuagem, piercings, equipamentos odontológicos e objetos para uso de drogas). Também pode ocorrer por relações sexuais sem preservativo e transmissão vertical, embora essas formas sejam menos comuns.
  • Sintomas: na maioria dos casos, não apresenta sintomas.

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