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Cidades

Empresários e ex-secretário adjunto estão entre os alvos da operação da PF

Endereços ligados um dos alvos, em Campo Grande e no Rio de Janeiro, foram vasculhados

Por Silvia Frias, Bruna Marques e Gabi Cenciarelli | 21/05/2025 09:38


RESUMO

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Vox Veritatis para investigar fraudes em licitações na Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul. Entre os alvos estão um empresário e o ex-secretário adjunto Edio Antônio Resende de Castro, que já havia sido investigado na Operação Turn Off em 2023. Durante as buscas, foram apreendidos mais de R$ 642 mil em diferentes moedas, incluindo euros, dólares e libras, em endereços em Campo Grande e Rio de Janeiro. O esquema envolvia superfaturamento em contratos, com servidores públicos recebendo comissões de 5% por intermediações fraudulentas em processos licitatórios.


Um dos empresário investigados na Operação Vox Veritatis, deflagrada hoje hoje pela PF (Polícia Federal) é o principal alvo da ação que apura fraudes em licitação, crimes ocorridos na gestão passada da SED (Secretaria Estadual de Educação). Atualmente, ele reside no Rio de Janeiro, mas atua no ramo de marketing digital em Campo Grande.

Segundo apuração do Campo Grande News, entre os outros alvos, há também ex-servidores da SED-MS, entre eles, o ex-secretário-adjunto Edio Antônio Resende de Castro.

Edio Antônio já é investigado pela Operação Turn Off, deflagrada em 29 de novembro de 2023 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) que apurou esquema de superfaturamento de contratos na SED. Ele foi exonerado do cargo dois dias depois.

O outro alvo identificado pela reportagem é Leonardo Primo de Araújo, dono da L&L Comercial e Prestadora de Serviços. Ele foi investigado na Operação Terceirização de Ouro, de dezembro de 2022, que apurou fraudes em contratos com TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul).

Mas, a operação de hoje centrou foco no empresário que trabalha com marketing digital, sendo que a maioria dos endereços com mandados de busca e apreensão está ligado a ele, segundo apurou a reportagem. Entre os locais, o apartamento sem mobília no Edifício Hannover, na Rua das Garças, onde a PF encontrou R$ 363,4 mil em dinheiro, dentro de cofre. Os policiais usaram marreta para arrombar a porta.

Outro endereço com mandado de busca e apreensão foi no Rio de Janeiro, em apartamento no Bauhaus Ipanema, na zona sul da capital fluminense. Naquela cidade, foram encontrados R$ 146,8 mil, além de 16,7 mil euros, 2.692 dólares e 1.235 libras em endereços não divulgados. Na cotação de hoje, todos os valores somados, incluindo os reais apreendidos em Campo Grande, chegam a R$ 642.647,53.


De acordo com o sistema Rede Sim, do governo federal, o alvo é sócio administrador de pelo menos quatro empresas ativas, três delas, no mesmo endereço, na Rua Ingazeira. Apenas uma, a CBC 33 Empreendimentos e Participações, aberta em maio de 2014 tem como atividade principal o aluguel de imóveis próprios. As outras três, Hex Marketing, Rumba Marketing e Ingazeira Marketing atuam na área de marketing digital.

O empresário já residiu em Campo Grande, mas, atualmente, mora no Rio de Janeiro. O Campo Grande News foi até os endereços das empresas, mas os imóveis estavam fechados e ninguém foi encontrado para falar sobre a operação.

A reportagem tentou falar com os alvos da PF e respectivos advogados, mas não conseguiu contato.

Empresários e ex-secretário adjunto estão entre os alvos da operação da PF
Policiais com documentos apreendidos durante a operação (Foto: Gabi Cenciarelli)

Operação - A Vox Veritatis foi deflagrada pela PF, em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a Receita Federal. A investigação colheu elementos indicando possíveis fraudes praticadas por empresários em cumplicidade com servidores públicos da SED-MS, permitido a contratação, de forma mais onerosa, na modalidade adesão a atas de registro de preços vigentes em outros órgãos/entidades públicos.

Segundo a PF, os empresários e servidores inseriam falsas cotações de preços com objetivo de demonstrar vantagem econômica nas atas dos preços a que se pretendia aderir.

Desta maneira, os fornecedores com atas registradas em outros órgãos/entidades públicos obtinham a garantia de que fechariam contrato pela secretaria e, em contrapartida, pagavam uma comissão de 5% aos empresários que faziam a intermediação. Parte dessa comissão era depois repartida com os servidores públicos envolvidos.

O nome, “Vox Veritatis” origina-se do termo latino que seria a “voz da verdade”, de forma a simbolizar o papel da investigação criminal em revelar o que estava oculto nos processos licitatórios com desvios de verba federal.

Empresários e ex-secretário adjunto estão entre os alvos da operação da PF
Documento é levado de um dos endereços com mandado de busca (Foto: Henrique Kawaminami)

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