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Cidades

André cobrou Lula sobre promessa feita para resolver conflito indígenas

Edivaldo Bitencourt e Leonardo Rocha | 14/11/2013 09:18
Governador cobrou promessa feita por Lula há três anos sobre conflitos indígenas (Foto: Marcos Ermínio)
Governador cobrou promessa feita por Lula há três anos sobre conflitos indígenas (Foto: Marcos Ermínio)

O governador André Puccinelli (PMDB) revelou, na manhã de hoje (14), que cobrou o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o cumprimento de uma promessa feita quando ele era presidente. Há três anos, durante inauguração de obra do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), ele tinha assumido o compromisso de comprar terras para acabar com a guerra entre produtores rurais e índios em Mato Grosso do Sul.

Puccinelli contou que se reuniu, junto com outras 15 pessoas, com o ex-presidente e lembrou da promessa feita durante inauguração do PAC Cabaça, em agosto de 2010, em Campo Grande.

Na ocasião, Lula prometeu comprar terras dos produtores e implementar a demarcação das áreas solicitadas pelos índios. No entanto, três anos depois, o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, conforme o governador, tem dito que não há como comprar terras.

O governador disse que lembrou a conversa feita com o petista. “Ache terra que eu compro”, teria dito Lula na ocasião. Na ocasião, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) encaminhou uma relação de propriedades rurais que poderiam ser vendidas para a União e ser entregues aos índios.

André Puccinelli lembrou ao ex-presidente que o ministro vem comandado a compra de terras para solucionar o conflito indígena no Tocantins, apesar da lei vetar esta medida. Em Mato Grosso do Sul, a União comprou terra dos produtores rurais para solucionar os conflitos em Paranhos e Dourados.

Lula prometeu levar o problema à presidente Dilma Rousseff (PT) e se mostrou preocupado com o crescimento do clima de tensão no campo no Estado. Ele disse que uma guerra sangrenta pode comprometer a imagem do Brasil no exterior.

Clima tenso - Em Mato Grosso do Sul, produtores rurais contabilizam 74 áreas invadidas pelos índios. Eles ameaçam se armar para evitar novas invasões, porque a Justiça não determina a retirada dos índios após a ocupação.

Os principais focos de conflito envolvem os terenas em Miranda, Aquidauana e Sidrolândia; os guaranis caiovás em Japorã e Iguatemi; e os kadiwéus em Corumbá e Porto Murtinho.

O prazo para o Governo federal resolver o conflito em Sidrolândia acaba no dia 30 de novembro. Os índios ameaçam iniciar uma onda de ocupações se nenhuma medida for tomada. Os produtores ameaçam por seguranças para evitar as invasões.

Nesta semana, em Miranda, um produtor rural evitou a invasão da fazenda a tiros e um trator dos índios foi queimado na porteira da propriedade.

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