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Capital

“Inteligência” de suspeito e miséria de Kauan dificultam provas periciais

Casa de Devid tem dezenas de produtos de limpeza e reboco foi retirado da parede

Aline dos Santos e Guilherme Henri | 25/08/2017 12:10
Vestígios de sangue foram encontrados na casa de suspeito no bairro Coophavila 2. (Foto: André Bittar)
Vestígios de sangue foram encontrados na casa de suspeito no bairro Coophavila 2. (Foto: André Bittar)
Delegado afirma que menino foi vítima da "miserabilidade". (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado afirma que menino foi vítima da "miserabilidade". (Foto: Marcos Ermínio)

Sem localizar o corpo ou restos mortais do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, as provas técnicas esbarram na “inteligência” do suspeito e na dificuldade de isolar o DNA da vítima, que não tinha nem uma escova de dente de uso exclusivo.

Preso desde 21 de julho, Deivid Almeida Lopes, 38 anos, nega o crime. Ele morava no Coophavila 2 , onde era conhecido como professor, pelo fato de já ter lecionado em escola, mas atualmente, tinha uma banca de capinhas para celulares na feira do bairro.

Conforme relato de quatro adolescentes, o menino foi violentado, antes e depois da morte, e esquartejado por Deivid. Segundo o diretor diretor do Instituto de Criminalística, Marcelo Pereira Oliveira, a aplicação de luminol revela vestígios de sangues nos locais citados pelos adolescentes.

Porém, o local não foi apenas limpo. “Ele foi tão inteligente que retirou o reboco da parede e tudo isso dificulta isolar o DNA”, afirma o titular da da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), delegado Paulo Sérgio Lauretto.

Questionado sobre o motivo de ter dezenas de produtos de limpeza em casa, o suspeito respondeu que gosta de manter o ambiente limpo.

Também há dificuldade para isolar o DNA do menino, que não tem nenhum irmão de mesmo pai. O código genético é formado metade por “informações” da mãe e metade do pai. Na casa do suspeito, foi localizado amostra de sangue que bate com a 50% DNA da mãe.

No facão do esquartejamento também foi localizado sangue. Para o delegado, Kauan foi vítima da miserabilidade. O menino trabalhava cuidando de carros e foi levado no dia de 25 de junho por um adolescente de 14 anos para casa de Deivid.

O adolescente era estuprado desde os 10 anos. Ao fim da coletiva, o delegado fez um apelo para que a sociedade não fique em silêncio e denuncie. “Isso tudo poderia ter sido evitado. Viam a movimentação na casa. Tem que denunciar”,diz o delegado.

Deivid vai ser indiciado por três estupros de vulnerável, cinco casos de exploração sexual, um de corrupção de menor, ocultação de cadáver e posse de material pornográfico.

Abaixo, a perita Josimirtes Prado da Silva explica trabalho técnico:

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