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Capital

Assaltos e mortes marcam dia-a-dia e exigem investimentos na Divisão

Aliny Mary Dias | 13/09/2013 10:27
Comerciantes reclamam de falta de segurança (Foto: Cleber Gellio)
Comerciantes reclamam de falta de segurança (Foto: Cleber Gellio)

Com mais de 2,2 mil novas casas construídas no condomínio Village Parati, na Rua da Divisão, região sul de Campo Grande, a rua que já era movimentada ganhou novos comércios e até uma galeria de lojas. Com o aumento do movimento e em consequência mais dinheiro em caixa, os assaltos também cresceram e exigiram investimentos por parte dos comerciantes.

Mario Rosa tem 47 anos e é um dos empresários mais antigos da rua. A padaria da família foi aberta em 1999 e o histórico de assaltos não é pequeno. Em uma das ações dos bandidos, um segurança contratado pelos empresários reagiu e acabou morto.

“Foi há seis anos, o senhor que trabalhava como segurança da rua brigou com os meninos e levou um tiro”, conta Mario.

O empresário explica que o medo e a insegurança sempre fizeram parte do dia-a-dia dos lojistas, mas que com o aumento em movimento em razão do condomínio novo, os assaltos aumentaram.

“O movimento está bem grande e eu já fui assaltado mais de 10 vezes. Geralmente são jovens usuários de drogas que chegam armados, mas não são violentos”, explica. Para evitar as ações, o empresário resolveu contratar um segurança particular.

O gasto é dividido com o dono do supermercado vizinho da padaria. Por dia, o segurança é remunerado em R$ 50 e o gasto chega a R$ 1.500 mil todo mês. Além do investimento, os empresários também mudaram a rotina para evitar novos assaltos.

“Eu não uso mais corrente, escondo minha carteira e meu celular. A gente muda os hábitos por causa dos bandidos”, conta o dono da padaria.

Empresário investiu R$ 2 mil em sistema de segurança (Foto: Cleber Gellio)
Empresário investiu R$ 2 mil em sistema de segurança (Foto: Cleber Gellio)

Ainda na mesma rua, há cerca de 2 anos, uma galeria com 13 lojas foi inaugurada. O local, inclusive, abriga a Casa Lotérica onde dois assaltantes foram mortos por um policial à paisana, na última quarta-feira (11).

Na galeria, Marcos Roberto de Oliveira, 30 anos, investiu mais de R$ 2 mil no sistema de segurança da farmácia aberta há dois anos. A tecnologia é tanta que o comerciante pode monitorar do celular tudo o que acontece no estabelecimento.

“Eu coloquei cadeado, sete câmeras, sistema de presença e até monitoramento por celular. É um investimento para a segurança e para evitar os assaltos que acontecem por aqui”, explica o comerciante.

Em outra loja da mesma galeria, a vendedora de roupas, Giovana Cristina da Silva, 22 anos, afirma ter ficado assustada com o assalto e diz ter recebido novas orientações da proprietária do comércio.

“A gente fica com bastante medo, a dona falou para eu ficar em alerta e sempre sair na porta para dar uma olhada no movimento, mesmo assim a gente não se sente seguro”, afirma.

Comerciante já foi assaltado várias vezes e perdeu mais de R$ 500 em última ação (Foto: Cleber Gellio)
Comerciante já foi assaltado várias vezes e perdeu mais de R$ 500 em última ação (Foto: Cleber Gellio)

Insegurança – Além dos assaltos, mortes também são registradas na rua. A última ocorreu no dia 18 de agosto quando João de Souza Gondim, 52 anos, morreu após ser atingido por disparos efetuados por um homem que estava em uma moto.

O comerciante José Maria da Silva, 64 anos, foi testemunhas dos últimos dois casos envolvendo morte. Para ele, o aumento da criminalidade tem relação direta com o crescimento da população no bairro.

“O movimento triplicou com o novo condomínio, mas a gente vê pouco policiamento. Eu não tenho mais medo, mas já fui assaltado várias vezes e da última vez roubaram R$ 500 da minha banca”, completa.

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