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Capital

Atraso na vacinação é por controle melhor e menos tumulto, diz Prefeitura

Seguindo protocolo de segurança e autonomia para definir estratégias próprias, Sesau inicia imunização 1 dia depois da agenda nacional.

Anahi Gurgel | 17/04/2017 14:57
Doses da vacina contra gripe começaram a ser distribuídas às unidades de saúde na manhã desta segunda (17). (foto: Alcides Neto)
Doses da vacina contra gripe começaram a ser distribuídas às unidades de saúde na manhã desta segunda (17). (foto: Alcides Neto)

A Prefeitura de Campo Grande informou, nesta segunda-feira (17), que o atraso de 1 dia em relação ao restante do País para iniciar a Campanha de Vacinação Contra a Influenza (gripe) ocorre por questão de estratégia, uma vez que os municípios têm autonomia para definir a melhor dinâmica para realização da ação, conforme preconiza o Ministério da Saúde.

Por uma decisão da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a medida foi adotada para atender protocolo de segurança e evitar transtornos como ocorrido no ano passado.

“A medida é necessária para que haja um controle mais efetivo na vacinação, a fim de evitar problemas como o ocorrido no ano passado, quando doses da vacina teriam supostamente sumido, o que, inclusive, motivou a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pela Câmara Municipal”, informou Mariah Barros, coordenadora de Vigilância Epidemiológica.

Diferente de outras cidades brasileiras, onde a  teve início hoje, em Campo Grande a imunização estará disponível à população somente a partir de amanhã (18). 

As remessas com as doses começaram a ser distribuídas nesta manhã às 65 UBS (Unidades Básicas de Saúde) e UBSF (Unidades Básicas de Saúde da Família). O texto publicado no site informa que também não houve atraso no fornecimento da vacina pelo Governo do Estado, ao contrário do afirmou a assessoria de imprensa da Sesau ao Campo Grande News, hoje pela manhã.

Outra mudança nesta campanha é que as vacinas não mais serão aplicadas nos chamados postos volantes, como shoppings e mercados, pois isso dificulta o registro desse núcleo e, consequentemente, o controle das doses aplicadas.

Pelo rigoroso protocolo de segurança, para ser imunizado, os integrantes do grupo de risco terão que apresentar documento com foto. No caso de doentes crônicos, diabéticos e gestantes, por exemplo, haverá necessidade da apresentação também de um laudo médico.

Com meta de vacinar 197.737 pessoas, foram estipulados 11 grupos prioritários para a imunização. Pelo cronograma, na semana de 18 a 22 de abril serão imunizados, exclusivamente, profissionais de saúde e crianças menores de 2 anos.

A partir do dia 24 de abril, o atendimento estará estendido às gestantes, mulheres com 45 dias após o parto e crianças menores de 5 anos. Já a partir do dia 2 de maio, idosos (mais de 60 anos); povos indígenas; presos e funcionários do sistema prisional; pessoas com comorbidades (diabetes; hipertensão; transplantados) e professores da rede pública e privada. Acamados podem fazer o agendamento da vacinação no domicílio por meio do telefone (67) 3314-3062.

O cronograma segue até dia 26 de maio, quando oficialmente termina a campanha.Para tirar dúvidas sobre quem deve tomar a vacina, a Sesau publicou um menu informativo no site.

Tabela com cronograma de vacinação em Campo Grande.
Tabela com cronograma de vacinação em Campo Grande.

Dia D- As doses adquiridas pelo Ministério da Saúde já estão sendo distribuição aos estados que, por sua vez, têm a responsabilidade de repassar aos municípios para a realização da campanha. Foram enviadas aos estados 21,1 milhões que corresponde a 35% do total de 60 milhões.

Mais cinco remessas de doses já estão programadas para o envio até o dia 19 de maio. No dia de mobilização nacional, agendado para 13 de maio, 65 mil postos de vacinação estarão abertos em todo o país.

Em Campo Grande, além de UBSe UBSF, haverá postos de vacinação nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Leblon, Santa Mônica e Vila Almeida. O posto de vacinação da Praça Ary Coelho, montado em um trailer, vai funcionar de 08 a 20 de maio.

Vacina contra Influenza - De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Neste ano, houve mudança na cepa do vírus A H1N1 para A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09. Desde 2009, a cepa do vírus A H1N1 utilizada nos países a sul da linha do Equador era A/California/7/2009 (H1N1) pdm09.

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