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Capital

Bancários voltam ao trabalho e clientes enfrentam filas para ser atendidos

Paula Vitorino | 18/10/2011 13:49

Atendimento nas agências voltou nesta terça-feira após 21 dias de greve

Clientes encontraram filas em agências. CEF estava lotada nesta manhã. (Foto: João Garrigó)
Clientes encontraram filas em agências. CEF estava lotada nesta manhã. (Foto: João Garrigó)

No primeiro dia de atendimento dos bancos após a greve, os clientes encontraram as agências lotadas e filas que passavam da porta, antes mesmo do horário de funcionamento começar.

Os bancários entraram em acordo com Fenaban durante assembléia nesta segunda-feira (17) e resolveram voltar ao trabalho hoje após 21 dias parados para reivindicar reajuste salarial.

Para muitos clientes o fim da greve foi um alívio e sinônimo de contas novamente em dia. A funcionária de serviços gerais, Ana Paula Leão, de 29 anos, foi com a mãe até a agência do Banco do Brasil na 13 de maio e encontrou a fila do lado de fora.

Elas esperaram cerca de 1h30 para resolver as pendências bancárias, mas agora afirmam que conseguiram colocar as contas em dia. “Estava tudo atrasado. Conta de água, conta de loja, de talão, tudo. Não podíamos deixar para outro dia”, diz.

A contadora Célia Alves, de 50 anos, também correu para a agência da Caixa Econômica Federal nesta manhã, mas ainda tinha dúvidas se conseguiria ser atendida hoje.

“Encontrei essa filinha – diz mostrando a fila dobrando dentro da agência. Vamos ver se consigo ser atendida hoje ou vou ter que esperar mais um dia”, frisa. Ela precisa consultar o seu FGTS e fazer o saque.

Entre os clientes, muitos também procuraram as agências para esclarecer dúvidas sobre investimentos e saques. A dona de casa Marli de Oliveira, de 51 anos, enfrentou a fila para tirar dúvidas sobre a venda de um objeto de valor.

Acordo - A greve deste ano foi a mais longa da categoria desde 2004. O acordo firmado entre funcionários e patrões garante reajuste, a partir de setembro, de 9% (aumento real de 1,5%).

Além disso, o piso para os bancários que exercem função de caixa passa a ser de R$ 1.900, para jornada de seis horas. Para a função de escriturário, o piso sobe para R$ 1.400.

Funcionários terão ainda aumento da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) adicional de R$ 1.100 para R$ 1.400 e do teto da parcela adicional de R$ 2.400 para R$ 2.800.

Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro.

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