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Capital

Bombeiros fazem "gambiarra" para transportar recém-nascido até a Santa Casa

Flávia Lima | 08/07/2015 12:17
Amarração improvisada precisou ser feita para segurar a incubadora do bebê. (Foto:Direto das ruas)
Amarração improvisada precisou ser feita para segurar a incubadora do bebê. (Foto:Direto das ruas)

Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi obrigada a fazer o transporte de um bebê recém-nascido de 38 dias, entre o HU (Hospital Universitário) e a Santa Casa, na manhã desta quarta-feira (8), já que o HU não conta com uma UTI móvel avançada para esse tipo de serviço. Acionado para realizar o transporte, o Samu (Serviço Médico de Urgência) também recusou a transferência, alegando que o transporte é de responsabilidade do HU.

De acordo com o responsável pelo Samu, Eduardo Cury, a recusa está amparada em lei federal, que obriga a unidade hospitalar a providenciar o transporte, mesmo que seja necessário manter um convênio ou alugar um veículo adequado. “Não posso liberar uma unidade avançada e deixar a cidade sem atendimento. Se algum acidente grave ocorre nesse período, serei responsabilizado”, ressalta Cury.

Ele explica que no momento em que recebeu o chamado, havia uma viatura disponível, no entanto, como a transferência demora cerca de uma hora e meia devido aos trâmites burocráticos, ele não permitiu a liberação. “A médica da regulação conversou com uma médica do HU e explicou o caso. Ela disse que daria um retorno, mas não recebemos mais resposta. A ocorrência está em aberto até agora”, disse.

De acordo com o oficial que atendeu a ocorrência, mas não quis se identificar, foi preciso fazer uma amarração da incubadora em uma maca hospitalar para colocar dentro da viatura dos bombeiros, já que a maca utilizada pela corporação era pequena. A criança foi transferida para realizar uma cirurgia cardíaca na Santa Casa. Ela teve o acompanhamento de uma médica do HU, que foi dentro da viatura dos bombeiros.

Ainda segundo Cury, nesta terça-feira (7) ele autorizou a transferência de um recém-nascido de apenas um dia entre a Santa Casa e a Maternidade Cândido Mariano. “Esse foi um caso específico. A criança nasceu muito abaixo do peso e precisava de uma UTI neonatal e na Santa Casa estava tudo lotado. Mas foi feita toda uma conversa com a médica da Santa Casa”, disse.
No caso do bebê de hoje, Cury disse que não era uma emergência, já que a cirurgia não deve ser realizada hoje. “Ele vai fazer um procedimento eletivo, e deverá esperar pro isso”, destacou.

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