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Capital

Capital sai na frente com projeto pioneiro de combate ao Aedes aegypti em casa

Crianças receberam cápsulas com o mosquito Wolbito e irão soltá-los em Campo Grande

Guilherme Correia e Izabela Cavalcanti | 16/08/2022 09:59
Secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, participou do evento nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)
Secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, participou do evento nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Campo Grande deu início na manhã desta terça-feira (16) a projeto pioneiro no Brasil de incentivar combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue ou chikungunya, por meio do trabalho feito com alunos da rede municipal de ensino. As crianças receberam cápsulas com o Wolbito, inseto que se reproduz com os outros, fazendo com que não sejam mais transmissores.

A coordenadora da Escola Municipal Senador Rachid Saldanha Derzi, Renileide Ferreira Lima, afirma que há cerca de 1,3 mil alunos nos dois períodos, de quatro a 15 anos. Só no turno matutino, são aproximadamente 700 alunos do projeto, do quarto ano ao sétimo ano. "É extremamente importante, porque vai mobilizar a comunidade para esse projeto."

A gente pode desenvolver atividades pedagógicas sobre o ciclo do mosquito. É uma participação histórica e até para prevenir uma doença que é letal. Eu quero utilizar esse projeto na feira científica", disse a coordenadora Renileide Ferreira Lima.

Gestor do método Wolbachia em Campo Grande, pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Antônio Brandão ressalta que as crianças se tornam, com esta ação, divulgadores científicos. “Além da gente estar colaborando com o combate a dengue, essas crianças também vão estar aprendendo.”

“É um projeto fundamental em Campo Grande. Estou muito feliz, essas crianças são o futuro do País.”

O secretário-adjunto de Educação do município, Waldir Leonel, afirma que o poder público trabalha por um “bem comum”. Segundo ele, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) tem colaborado com as ações. “Os alunos serão nossos parceiros em suas casas.”

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, afirma que Campo Grande faz parte do grupo de cidades que receberam o projeto. “Implementamos uma nova tecnologia baseada em ciência, em pesquisa, e o resultado tem se demonstrado importante.”

“Teresina, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Niterói foram as únicas cidades que receberam esse método. São os adultos que vão precisar da ajuda das crianças, fazendo com que vocês entendam que não há outra saída.”

Cápsula contém mosquito Wolbito, que será solto em diversos pontos da Capital. (Foto: Marcos Maluf)
Cápsula contém mosquito Wolbito, que será solto em diversos pontos da Capital. (Foto: Marcos Maluf)

A prefeita Adriane Lopes (Patriota) comenta que os resultados do projeto Wolbachia, implementado em 2019, têm sido positivos para Campo Grande. “É um projeto novo, pioneiro no Brasil e no mundo. E hoje, nossas crianças serão multiplicadoras. Essas crianças serão multiplicadoras e poderão receber um cartão de colaboradores da saúde.”

“Serão 3 mil crianças que se tornarão agentes de saúde. Esse projeto soma aos cuidados que nós precisamos ter em casa.”

Aos 11 anos, a estudante Natali Insfran, que está no sétimo ano, avalia de forma positiva a iniciativa. “Vai ajudar a não ter mosquitos, a prevenir a saúde”. Gabriel Martins, de 12, achou “muito interessante“ o projeto e promete que vai cumprir sua parte. “Vou explicar tudo para os meus pais .”

Hoje, são 250 cápsulas para a Escola Municipal Senador Rachid Saldanha Derzi e, ao todo, serão 3 mil cápsulas para o projeto inteiro. O evento contou também com apresentação de teatro para as crianças, com representações de moradores e do mosquito Wolbito.

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