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Capital

Carnaval terá 300 mil camisinhas, mas folião terá que ir atrás para receber

Paula Vitorino | 16/02/2012 12:08
Secretário Leando Mazina mostrou como funciona o display para retirar camisinhas. (Foto: Paula Vitorino)
Secretário Leando Mazina mostrou como funciona o display para retirar camisinhas. (Foto: Paula Vitorino)

Ao som da bateria de escola de samba, a Secretaria de Saúde de Campo Grande lançou hoje a campanha contra DST/Aids, com o tema “Nosso carnaval é divertido e protegido”.

Foram disponibilizadas 300 mil camisinhas pelo Ministério da Saúde, mas neste ano a distribuição será diferente: os foliões terão de ir atrás da proteção.

Serão distribuídos 233 displays de camisinhas por locais com grande concentração de foliões da Capital, como bares, clubes e nos carnavais da Praça do Papa e Fernando Corrêa da Costa.

O mecanismo funciona como um “pegue-fácil”, já que o folião só precisa puxar a camisinha do display e não existe quantidade limite. Com isso, só irá pegar a camisinha quem quiser e no momento em que se sentir a vontade.

A mudança de estratégia na distribuição dos preservativos tem o objetivo de evitar constrangimentos e falsas interpretações por parte dos foliões. A gerente técnica do programa de DST/Aids, Virna Liza, explica que antes os preservativos eram entregues na mão dos foliões, mas muitos sentiam-se ofendidos com a abordagem.

“A sociedade mesmo é que nos disse que aquela não era a melhor estratégia. Às vezes íamos entregar e a pessoa achava ruim porque estava com o marido ou com os filhos, principalmente se fossem menores de idade”, explica.

Além dos preservativos, a secretária irá distribuir 3.700 “bolsinhas”, que devem servir como porta-camisinha e para guardar os documentos pessoais. “Assim o folião pode pular com as mãos livre e ficar mais a vontade”, diz.

De acordo com o secretário de saúde, Leandro Mazina, foram investidos cerca de R$ 100 mil na campanha de Carnaval da Capital, além da parceria com o Ministério da Saúde, que disponibilizou as camisinhas.

Prevenção - A secretária de saúde ressalta que a distribuição gratuita de camisinhas acontece não só no Carnaval, mas durante todo o ano, nas unidades de saúde da Capital.

“No Carnaval as ações de preservação são intensificadas porque é um período de 5 dias de festa, onde as pessoas abusam na bebida e até a própria música estimula a sexualidade”, diz.

Desde 1984 foram registrados 3.358 casos de Aids em Campo Grande, sendo que 1.249 morreram, de acordo com dados da Sesau de dezembro de 2011. O teste de HIV pode ser feito em qualquer unidade de saúde, gratuitamente e com sigilo.

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