Com planos frustrados em Londres, casal maratonista se anima com Corrida Digital
Corredores participam de prova inédita de forma individual e com segurança no Parque dos Poderes, na Capital
A pandemia mudou os planos do casal Paulo Roberto Nonato e Mari Nonato, que corre junto há mais de 20 anos. Eles que já participaram da São Silvestre e provas em outros países estavam inscritos para maratona de Londres que ia ocorrer em 26 de abril. Com a corrida cancelada por causa do coronavírus, a opção foi participar da Corrida Digital em Campo Grande. “O mundo cancelou aqui inovou”, disse Paulo que estava satisfeito com o evento inédito no País.
Com limite de 300 inscritos, o evento teve início no dia 1º de junho e rapidamente caiu no gosto dos atletas sul-mato-grossenses, que logo esgotaram as inscrições. Os corredores puderam retornar à competitividade esportiva com segurança em meio ao período pandêmico do novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o organizador Rodrigo Barbosa de Miranda, os participantes foram marcando o horário que iam correr para evitar aglomeração. “Foi tudo agendado. Eles apertam um botão esperam e correm 5 km”, explicou. O resultado final deve sair hoje às 20 horas. No local os atletas corriam sem máscaras, mas colocavam a proteção quando chegavam.
Para quem ama uma corrida, o formato da prova foi muito diferente. As medalhas eram entregues no final. Na Corrida Digital o atleta recebia sua medalha empacotada individualmente e higienizava as mãos. Até a distribuição de água que ocorria durante o percurso passou por mudanças. Os atletas ganhavam uma água no começo e outra no final do percurso.
O casal Paulo e Mari treinou muito para a maratona de Londres e foi frustrante cancelar. Mesmo assim participar da corrida já ajudou a aplacar a falta da maratona. Mari fala que esta medalha é única coisa que eles nunca imaginaram. “Somos acostumados com outro formato de corrida e cada vez que olhar para esta vai vir a lembrança de como foi esta prova”, salientou ela. Paulo emenda lembrando que “Esta prova muito diferente e esta medalha é a mais louca de todas. Quando a gente ia imaginar isso”, concluiu.
O motorista Muniz Padilha Leal, de 69 anos também foi correr na manhã de hoje. Ele está acostumado a corridas, corre há mais de 15 anos e hoje fez percurso em 25 minutos. Para ele foi muito importante participar da experiência. “Não dá pra abusar, corri com cautela, mas a organização foi muito boa, principalmente por não termos ficado sem corrida”, elogiou.
O professor de educação física Jonathan da Silva Nunes disse que é primeira vez que participa. Ele é preparador físico de concurseiros para teste de aptidão física. Além disso treina vários alunos para corridas. “Então tive que correr também. Participar da prova experiência bacana diferente”. Ele chegou as 8 horas e já tinha feito o percurso.
Na sua avaliação o mais difícil para quem faz a corrida é a respiração e a passada. Além disso o corredor deve correr sempre olhando para a frente. Aí é so partir para a chegada final.