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Capital

Coordenadora diz que contrato de emergência “livrou” Salute de alvarás

Evelyn Souza e Leonardo Rocha | 19/08/2013 10:38
Representante da Central de Compras do município presta depoimento na CPI. (Foto: Cleber Gellio)
Representante da Central de Compras do município presta depoimento na CPI. (Foto: Cleber Gellio)

A responsável pela Central de Compras do município, Gislaine do Carmo Penzo, negou que a empresa Salute Distribuidora de Alimentos tenha sido favorecida durante contrato emergencial da prefeitura, para fornecer alimentos aos Centros de Educação Infantil (Ceinfs) da Capital.

Gislaine foi a primeira a prestar depoimento na manhã desta segunda-feira (19), na CPI do Calote, que investiga a falta de pagamentos de contratos efetuados pela prefeitura e falta de estrutura de empresas que saíram vencedoras em contratos emergências.

Questionada pela diferença de valores apresentados pela Salute durante o pregão e no contrato emergencial, ela disse que “se tratam de modalidades diferentes, porque o pregão é uma disputa de preço e o contrato emergencial é realizado com uma pesquisa de mercado.”

Durante oitiva, o relator da CPI, vereador Elizeu Dionísio (PSL) alegou que o aumento de preço foi de R$ 300 mil. Segundo ele, o achocolatado passou de R$0,72 no pregão, para R$ 1,54 no contrato de emergência. O açúcar de R$ 1,79 para R$ 2,48 e o amido de milho de R$ 0,89 para R$ 1,57.

Em relação a carne bovina, o valor apresentado inicialmente de R$ 6,68 passou para R$ 8,95 no contrato emergencial. “Se tratando de 60 mil quilos, a diferença chega a R$ 136 mil”, explica o relator.

O preço da carne moída que passou de R$ 6,26 para R$ 8,95, também foi questionado.

Os vereadores também mencionaram que a Salute não tinha autorização da Vigilância Sanitária para transportar alimentos, quando saiu vencedora do contrato de R$ 4,3 milhões da prefeitura.

Como resposta, a responsável pela Central de Compras disse que “esses documentos só são exigidos em licitações e que a prefeitura não beneficiou a Salute”.

Durante a oitiva, o vereador Paulo Siuffi voltou a afirmar que o prefeito Alcides Bernal corre risco de cassação e que não será preciso dar continuidade à CPI.

“A prefeitura está perdida, lesando os cofres públicos. Estamos perdendo dinheiro e alguém está ganhando e não é a população. Vamos fazer o relatório final e depois buscar a aprovação da comissão e o documento será apresentado no plenário. Encontramos muitas irregularidades”, disse Siuffi.

Os secretários Municipais de Educação e Administração, José Chadid e Ricardo Ballock, respectivamente, são os próximos a prestar depoimento na manhã de hoje, na Câmara Municipal.

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