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Capital

Defesa de Siqueira tentará acordo com vítimas de golpe

Danúbia Burema | 25/01/2011 15:45

Advogado quer vender imóvel de R$ 400 mil para quitar dívidas

 Defesa de Siqueira tentará acordo com vítimas de golpe

Preso nesta tarde pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha que provocaram prejuízo de R$ 345 mil a 25 pessoas, o ex-garagista Genival Siqueira, dono da Siqueira Automóveis, pretende ressarcir as vítimas dos golpes.

A informação é do advogado de defesa, Augusto Gaspar Neto. Conforme o advogado, as vítimas serão chamadas para um acordo. Contudo, é necessário primeiro resolver a situação do imóvel que será usado para quitar a dívida.

Segundo a defesa, o único bem que restou a Siqueira é a casa onde vive sua família, avaliada em R$ 400 mil, e que deve ser vendida e o valor dividido entre as pessoas que foram lesadas pelo ex-garagista.

A defesa acredita que o ressarcimento feito por meio da venda do imóvel deve cobrir 80% do prejuízo que os clientes da garagem tiveram com os golpes de Siqueira.

Contudo, antes disso é necessário acordo com uma das vítimas, que entrou com uma ação no valor de R$ 70 mil e conseguiu que a casa fosse penhorada.

“Vou procurar o advogado dessa pessoa e tentar um acordo para vender o imóvel”, declarou Gaspar, que não adianta a data em que serão feitas essas negociações.

Siqueira saiu do interrogatório acompanhado de dois PMs, mas não foi algemado. (Foto: João Garrigó)
Siqueira saiu do interrogatório acompanhado de dois PMs, mas não foi algemado. (Foto: João Garrigó)

Prisão - Depois de se apresentar e ser interrogado na 2ª Vara Criminal Residual pelo juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, Siqueira saiu do Fórum da Capital acompanhado de dois policiais militares. Ele teve cumprida a prisão preventiva e foi encaminhado ao Centro de Triagem.

Sua prisão havia sido decretada em maio de 2010, mas ele conseguiu revogação depois de se apresentar e dar o endereço do local onde permaneceria durante o processo. O Ministério Público recorreu da revogação e no final do ano passado teve deferido o pedido. Desde então Siqueira estava foragido.

O advogado informou que entrará com pedido de revogação da prisão. Outro habeas corpus já havia sido impetrado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas ainda não teve o mérito julgado.

Sobre o processo, nove das 22 testemunhas foram ouvidas. Conforme o advogado, o Ministério Público insistiu para que as demais também sejam ouvidas antes do julgamento. Desta forma, não há previsão de conclusão do caso nem informações sobre quanto tempo Siqueira permanecerá preso.

Após o interrogatório desta tarde, ele deixou o Fórum sem usar algemas e aparentemente tranqüilo, mas quase não falou com a imprensa. A mulher dele também esteve no local, mas não quis dar entrevista.

Quanto aos filhos de Siqueira que também foram alvo de ações, o advogado diz que discutirá o assunto na esfera judicial porque eles sequer eram sócios do negócio de Siqueira. Questionado sobre o motivo dos golpes, ele explicou que a garagem funcionava com “giro” de dinheiro e não capital próprio.

O advogado alega ainda que Siqueira não descumpria integralmente os compromissos com clientes, mas deixou de efetuar os pagamentos depois que os negócios se avolumaram e tornaram inviável a quitação.

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