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Capital

Delegado afirma que a maioria dos flanelinhas é "ligado ao crime"

Kleber Clajus | 27/02/2014 15:33
Coordenador das Depac's diz que grande parte dos flanelinhas possui antecedentes criminais e são de outros municípios (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)
Coordenador das Depac's diz que grande parte dos flanelinhas possui antecedentes criminais e são de outros municípios (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)
Anselmo defende que se regulamente a profissão para não ser confundido com bandido (Foto: Kleber Clajus)
Anselmo defende que se regulamente a profissão para não ser confundido com bandido (Foto: Kleber Clajus)

Mesmo que não hajam dados exatos sobre a atuação de flanelinhas em Campo Grande, a Polícia Civil já possui um perfil dessas pessoas que, em, geral, possuem antecedentes criminais. A informação é do coordenador das Depacs (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), delegado Fernando Nogueira.

“Os flanelinhas, em sua maioria, estão ligados ao crime, são de fora do município e se utilizam da atividade para compra de drogas. Temos registro de 80 deles na área Central e 15 próximos da Igreja Perpétuo Socorro. Muitas vezes as pessoas pagam para evitar confusão”, comenta o delegado.

No caso da igreja, às quartas-feiras, a polícia obteve informação de que flanelinhas lucram até R$ 300. Há também casos de disputa por pontos mais lucrativos na cidade.

Em audiência pública ontem (27), na Câmara Municipal, se debateu a regulamentação da atividade de guardador de carros. Ele se diferencia dos flanelinhas por estar amparado pela Lei nº 6242/75 e ter direito a registro profissional, junto ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), caso não possua antecedentes criminais.

Há cerca de três anos, Ancelmo de Oliveira conseguiu o registro na Carteira de Trabalho. Ele atua há mais de 18 anos em frente a um restaurante na Rua Dom Aquino e com o recurso arrecadado sustenta a esposa e os três filhos, de 4, 5 e 10 anos.

“Acho bom regulamentar para não ser confundido com bandido e tirar quem fica ameaçando as pessoas”, relata Ancelmo, que mora no Bairro Los Angeles e até ajuda quem não possui parquímetro.

Para a vereadora Carla Stephanini (PMDB), proponente da audiência, o que a Capital precisa é de uma regulamentação que valorize o guardador de carros, não entre em conflito com as áreas que dispõe de parquímetros e auxilie na fiscalização do serviço.

Já Otávio Trad (PT do B) ressalta que o tema polêmico precisa ser visto não apenas no âmbito da segurança, mas envolver os setores de saúde e assistência social da Prefeitura de Campo Grande para “dar suporte aos guardadores” e nortear a elaboração de um projeto de lei adequado à realidade da Capital.

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