Demitido, motorista monta quadrilha para furtar cargas de lojas
Em apenas uma noite, organização roubou cerca de R$ 40 mil em eletrônicos de caminhões das Casas Bahia
Policiais da Derf (Delegacia Especializada na Repressão a Roubos e Furtos) e o GOI (Grupo de Operações e investigações) prenderam uma quadrilha na noite desta segunda-feira (25), formada por um ex-funcionário terceirizado das Casas Bahia, para furtar cargas da loja, em Campo Grande.
De acordo com o delegado Carlos Delano, da Derf, Jucelino Flávio Macedo Neto, 45 anos, era motorista de uma empresa que prestava serviços para a loja, mas acabou demitido no início do ano.
Com informações privilegiadas sobre o funcionamento do transporte de cargas da empresa, ele acionou outros cinco comparsas e passou a furtar produtos de dentro dos caminhões que passavam a madrugada em estacionamentos de transportadoras.
Os comparsas eram Aneides Moreira Tristão, 51 anos, Marcínio Mariano Martins, 40 anos, Teyla Pereira dos Santos, 41 anos, Milton Motta Junior, 32 anos, e outro homem que não teve a identificação divulgada pela polícia, pois está foragido.
Crimes - Juntos eles teriam cometido o primeiro crime em março, e depois outros em junho, todos os furtos de celulares. Até que no dia 19 do mês passado, os criminosos decidiram investir em mais um crime, mas acabaram flagrados por um motorista da transportadora. O que era para ser um furto se tornou roubo.
Marcínio e o comparsa que está foragido renderam o funcionário e o fizeram dirigir por algumas horas pela cidade. Até que pararam em um ponto, retiraram toda a carga do caminhão e colocaram num pálio, conduzido por Jucelino.
Os criminosos fugiram com cerca de R$ 40 mil em objetos, entre eles, um DVD, 15 celulares, dois telefones fixos, dois liquidificadores, seis televisores, um videogame Xbox.
A polícia passou a investigar o caso, e pelas características dos crimes, chegou até os suspeitos.
Prisão - Teyla, que segundo a polícia era a responsável por armazenar a carga, foi presa no jardim Universitário, em uma casa de alto padrão. Jucelino e Marcínio estavam em outra residência no Jóquei Clube. Já Aneides foi presa no Coophavila II. Milton já estava preso e continua na Máxima, por associação criminosa. Um quinto suspeito está foragido.
Dos presos, apenas a mulher não tinha passagens. Marcínio, inclusive, estava foragido. Ele responde por tráfico de drogas e homicídio.Todos irão responder por furto, roubo e associação criminosa.
O delegado diz que já representou pela prisão preventiva deles. Como os suspeitos revendiam a carga, quem comprou algum produto também está sujeito a responder por receptação. A polícia continua investigando o caso.