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Capital

Deputados e psiquiatras vão ao MPE contra decisão da Santa Casa

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 06/09/2017 12:00
Movimento dos psiquiatras contra decisão da Santa Casa na Assembléia Legislativa (Foto: João Paulo Gonçalves)
Movimento dos psiquiatras contra decisão da Santa Casa na Assembléia Legislativa (Foto: João Paulo Gonçalves)

A decisão da Santa Casa de Campo Grande no sentido de fechar o setor de psiquiatria, anunciada no início deste mês, será o foco de uma reunião no Ministério Público Estadual, nesta quarta-feira, 06, às 14 horas. Foi o que ficou decidido no encontro de 20 psiquiatras com deputados estaduais nesta manhã na Assembleia Legislativa.

Os médicos foram pedir o apoio dos deputados para reverter a posição do hospital, e na audiência agendada com o Procurador Francisco Neves Junior eles vão propor para que o MPE convoque a direção do hospital à dar explicações sobre a decisão.

“O MPE pode propor uma investigação para esclarecer qual é a real função da Santa Casa e o custo que a psiquiatria tem para o hospital”, disse o psiquiatra Beverly Martins, em nome do grupo de médicos.

Segundo ele, o setor de psiquiatria tem gasto médio mensal R$ 440 mil. “Isso representa só 12% do déficit de R$ 3 milhões que a Santa Casa tem por mês, e a psiquiatria usa apenas 2% dos leitos do hospital”, afirmou.

Na audiência com o Procurador Francisco Neves Junior, além dos psiquiatras, também participarão representantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Paulo Siufi (PMDB).

“O MP pode tomar uma ação imediata sobre o caso, indicando, orientando ou até solicitando a Santa Casa para que reverta essa decisão, e não podemos descartar uma ação na Justiça contra o hospital”, declarou Siuff. “Esperamos que ao menos o MPE questione o motivo ou os motivos que levaram a Santa Casa a tomar essa decisão”, ressaltou Siufi. Vários parlamentares ocuparam a tribuna da Casa para manifestar apoio aos psiquiatras, como Lídio Lopes, Rinaldo Modesto, Cabo Almi, Herculano Borges e Antonieta Amorim.

De acordo com os psiquiatras, a direção da Santa Casa alega que dos 40 leitos destinados ao setor, a Prefeitura de Campo Grande só repassa recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) para 10 leitos, e estipulou um prazo até 16 de outubro pra fechar a ala e encaminhar os pacientes para o Hospital Nosso Lar, destinado a internações de pacientes com transtornos mentais.

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