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Capital

Em cinco anos, número de mortes em acidentes de trânsito caiu 34,1%

Ações específicas de educação nas vias mais críticas da cidade motivaram redução de óbitos na zona urbana.

Anahi Gurgel | 05/05/2017 07:11
Trânsito em importante via de Campo Grande na tarde desta quinta-feira (04). Alta velocidade é o principal fator de risco para acidentes com mortes. (Foto: André Bittar)
Trânsito em importante via de Campo Grande na tarde desta quinta-feira (04). Alta velocidade é o principal fator de risco para acidentes com mortes. (Foto: André Bittar)

O número de acidentes com morte caiu 34,1% na zona urbana de Campo Grande em um período de cinco anos. De acordo com órgãos responsáveis pelo levantamento, a diminuição se deve, principalmente, às ações de educação no trânsito e blitze policiais nas vias mais perigosas da cidade, onde o fluxo é intenso e os motoristas abusam da velocidade.  

As estatísticas da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), por meio do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito), são bem-vindas em pleno mês do Maio Amarelo, movimento que promove ações em prol de um trânsito mais seguro, consciente e sem mortes. 

Entre janeiro e dezembro de 2012, foram registrados 126 óbitos nas ruas da Capital. No mesmo período de 2016 foram contabilizadas 83 mortes, entre acidentes com vítimas nos veículos e atropelamentos.

Os dados indicam que nos anos de 2013, 2014 e 2015, foi registrado total de 116, 112 e 96 mortes, respectivamente. Também houve leve queda no número de óbitos em relação à 2017. Esse ano já foram registradas 27 ocorrências, sendo que nos 4 primeiros meses de 2012, 31 pessoas perderam a vida em decorrência de acidentes no trânsito.

Os dados revelam ainda que a maioria das vítimas é motociclista, seguido de pedestres, ciclistas e condutores/passageiros. Grande parte dos acidentes acontece aos sábados, domingos e segundas-feiras, principalmente a partir das 18 horas, com picos após as 21 horas aos fins de semana.

As vítimas que apresentam estado grave por conta dos acidentes, concentram-se na população jovem, com faixa etária entre 18 e 25 anos.

O último acidente com morte registrado em Campo Grande ocorreu no dia 24 de abril. O estudante Daniel Pontes Contenção, 17 anos, morreu após pegar a motocicleta do pai escondido, por volta de 1h30, na Avenida Guaicurus, no Jardim Itamaracá.

Em cinco anos, número de mortes em acidentes de trânsito caiu 34,1%

Alta velocidade - Para a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta, a redução foi verificada após a implantação do programa Vida no Trânsito, em maio de 2011, com o objetivo de desenvolver ações de vigilância, controle e prevenção das mortes e lesões no trânsito.

A partir da iniciativa, o Poder Público passou a coletar adequadamente os dados sobre o trânsito da cidade e a analisar as estatísticas.

“Com isso, foi possível desenvolver ações específicas e eficazes para reduzir acidentes e mortes no trânsito, escolhendo as vias mais críticas para fazer blitz educativas e intervenção de engenharia, por exemplo”, detalha.

Último acidente com morte registrado em Campo Grande ocorreu no dia 24 de abril, na avenida Guaicurus. Motociclista em alta velocidade bateu em poste. (Foto: Direto das Ruas)
Último acidente com morte registrado em Campo Grande ocorreu no dia 24 de abril, na avenida Guaicurus. Motociclista em alta velocidade bateu em poste. (Foto: Direto das Ruas)

“Em Campo Grande, o principal fator de risco é a alta velocidade. Se o cidadão não corresse tanto, não teríamos tantas mortes. Para essas pessoas que matam no trânsito, a legislação é ainda muito branda. Tem que ser mais rígida e punir, como acontece em outros países”, defende.

O Vida no Trânsito é um programa nacional, coordenado pelo Ministério da Saúde e implantado em todas as capitais brasileiras e cidades com mais de um milhão de habitantes. Em Campo Grande é coordenado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), com ações desenvolvidas em parceria com a Agetran e o GGIT, formado por 34 Instituições e serviços de diversas áreas do setor público, privado e sociedade civil organizada. 

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