Em encontro, catadores cobram da Prefeitura regularização da profissão
Em encontro realizado na manhã desta terça-feira, no Centro Comunitário do bairro Cophavila, em Campo Grande, cerca de 200 catadores, das regiões do Ananhanduizinho, Bandeira, Segredo, Prosa e Lagoa, cobraram da Prefeitura a regulamentação da profissão. Eles pedem que a categoria tenha benefícios trabalhistas, como carteira assinada.
O encontro, apoiado pela ONG Espads e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), também marcou o lançamento de cursos de Formação Profissional e Social do Projeto “Cataforte I”.
Além disto, segundo o vice-presidente da Associação dos Catadores de Mato Grosso do Sul, Sérgio Rodrigues de Souza, os trabalhadores não estão satisfeitos com o possível atraso da entrega de barracões no novo aterro sanitário.
Conforme Souza, a promessa da Prefeitura era que os barracões, que serão utilizados para o trabalho dos catadores na separação de materiais, fossem entregues até agosto, o que não deve ocorrer, informa.
O vice-presidente da associação também diz que a reunião desta manhã foi realizada para chamar atenção da administração municipal e que o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) foi convidado.
Durante o passeio ciclístico no feriado do Dia do Trabalho, Trad afirmou que esteve no encontro e que a reunião ainda estava vazia quando esteve por lá, provavelmente, por volta das 8 horas.
Conforme Nelsinho, integrantes da Funsat (Fundação Social do Trabalho) permaneceram na reunião para anotar as reivindicações dos catadores e repassá-las à Prefeitura.
Ele ainda destacou que a Prefeitura apoia o projeto Cataforte, apoiado pela UFMS, e prometeu estudo para “ver o que dá para atender” das reivindicações feitas pela categoria nesta manhã.
O prefeito ainda elogiou o projeto que estuda viabilizar carteira assinada para os catadores, bem como adaptá-los nos barracões no novo aterro sanitário.
Processo - A ativação do aterro exige a desativação do Lixão. A montanha de lixo, localizada na saída para Sidrolândia, será incluída num projeto de recuperação de área degrada.
A ativação do aterro, o fim do Lixão, a construção da usina de triagem do lixo e o residencial para os catadores resultam em custos de R$ 13 milhões.
O prazo nacional é que até 2014 todos os municípios tenham acabado com os lixões.